Pesquisar este blog / Search in our blog

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Fascinação - Parte 2

Olhou diretamente para os olhos de sua peça quando ela agradeceu, aliviada, o fato de seu Dono ter dito que estava feliz em perceber que não abrira a caixa. Ele havia visto e começava a pensar que tanto alívio assim apenas poderia se passar se houvesse algum temor em que o oposto fosse percebido.
- Conhecendo você fico surpreso por sua perseverança , minha escrava... A menos que não tenha seguido minhas ordens à contento. Posso ver em seu rosto uma sombra que me faz pensar que tudo o que disse talvez não seja a realidade. Dispa-se completamente, coloque suas roupas naquela poltrona.
Assim procedeu, deixando sua pele alva exposta aos caprichos de seu Dono. Ele tomou os braços e os prendeu suspensos para cima deixando-a mais à mercê do que pudesse parecer.
- Você sabe minha menina, nada pior do que um Dono desconfiado e sabe porque? Quantas vezes você me viu perdoá-la por algo?
Ela engoliu em seco.
- Nenhuma vez, Senhor.
Ele pegou o chicote e começou a "acariciar" o corpo de sua submissa. Deslizava a lingueta do chicote de equitação de forma a ao mesmo tempo que nada fazia, a fazia sofrer pela expectativa da batida.
- Minha doce menina, pergunto mais uma vez. Você abriu a caixa.
- Não, Senhor, não abri!
Uma chicotada soou em sua cintura, fazendo com que se agitasse quase tirando os pés do chão dada a surpresa já que seu Dono ficara fora de seu campo de visão.
- Se me diz que não abriu.... Não! Algo está muito errado. Não é verdade?
- Não sei o que quer dizer, Senhor...
- Abriu a caixa? - mais uma chicotada estalou em suas nádegas.
- Não, Senhor...
Ele deslocou-se até uma caixa onde guardava seus acessórios e tomou um prendedor de mamilos unido por uma corrente pequena. Colocou no seio direito e atarrachou de forma que os mamilos ficassem mais pressionados, primeiro do lado direito e depois à esquerda. Puxava lentamente a corrente de forma a assegurar-se que os prendedores estavam firmes nos bicos.
- Vou ajudar a sua reflexão acerca dos seus atos.
Depois de dito isso, acendeu uma vela vermelha e sem pressa pingou muitas gotas por sobre os seios causando uma dor que ela sabia que deveria reter para si para não atrair mais ainda uma ira que sentia que ia crescendo. No outro seio, aplicou a cera azul que também causou dores de mesma intensidade e igualmente retidas.
- Ser teimoso e inconsequente é um submisso independente de seu sexo! - disse o Dono provocativamente. - Porque não confessa seu pecado?
- Senhor, eu não abri a caixa, é verdade...
- Não? - disse desconfiado - Huuuuum....
Um pequeno plug foi inserido em seu ânus sem lubrificação que se esperasse, apenas uma pequena para não ferir aquela parte sensível. Murmurou quase imperceptivelmente mas não podia reter aquela expressão de dor que a fazia agitar-se um tanto.
- Não me insulte mais, coisa... Diga-me , imediatamente: abriu a caixa ou não!
- Não abri , Senhor, apenas... - estancou.
- Apenas o que?
- Movi um pouco a tampa mas sem a menor oportunidade de ver o que havia dentro...
O Dono nada falou; tomou em suas mãos o chicote  longo e tomando distância, chicoteou-a incessantemente, apenas dando o tempo para que o corpo contorcido voltasse ao seu lugar.
- Uma pessoa sem decisão, sem firmeza de caráter é um corpo que deve ser educado para ser o que deve através da mortificação da carne que apenas um Dono de coragem deve aplicar e o submisso de juízo deve aprender. Abriu a caixa?
- Não totalmente, Senhor , mas quase abri, Senhor....
- Muito melhor agora... Admitiu sua culpa... Vamos brincar um pouco.
Eletricidade é uma disciplina maravilhosa, permitindo fazer uma corrente de baixa voltagem e considerável amperagem, passar provocando sensações de choque simplesmente torturantes. Um pequeno toque em uma parte do corpo, a eletricidade passa, o corpo se revolta contra a sensação de contrações sutilmente controladas, fazendo com que lágrimas, em algum tempo, também corressem.
- Adianta pedir perdão para mim, cadela?
- Não, Senhor... O Senhor jamais perdoou nenhuma de suas submissas e nem à mim!
- O que então você deve fazer, cadela?
- Obedecer, Senhor, obedecer!!!
- Muito bem! Tempo para meditação...
Desligou a luz e deixou-a amarrada onde estava. Acendeu seu cigarro que enrolara um fino fumo importado, com cheiro agradável mas que naquela circunstância servia apenas para estimular o sentimento de presença inacessível e para completar a sutil tortura, colocou um echarpe dobrado a guisa de venda. 
- Não se mova...
Fez com que seus passos fossem ouvidos mas seguia fumando e permaneceu em rigoroso silêncio. Passaram os minutos, um, dois, três, quatro, cinco , seis , sete , oito, nove, dez, once, doze, treze, quatorze... 
Começou a mover-se lentamente procurando referências quase impossíveis e tanto era assim que não as encontrou. O tempo passava sem piedade e causava as mais desconfortáveis sensações. 
Imaginou ter ouvido um pequeno movimento e um zunido passou-lhe próximo ao ouvido direito.
- Senhor?
Um rápido movimento de chicote estalou em suas nádegas e pela surpresa gritou sendo que por isso tomou mais uma, mais outra e mais outra chicotada. 
Sob suas vendas percebeu que a luz novamente fora acessa e a venda tirada sem permitir que seus olhos acostumassem-se à luz. 
- Gritou , cadela? Abra a boca e tire a língua para fora! Agora.
Fez o que fora ordenado. Ele tirou uma dúzia de prendedores de roupa de plástico cuja tensão era suficiente para prender a roupa e ....uma língua. Pequenos, um depois do outro foram colocados na ponta daquela língua que não explicara claramente o que acontecera, até gastarem metade dos prendedores disponíveis.
Junto com a dor, a humilhação da salivação inevitável, que cobria os seios, corria em um fio de saliva sem qualquer paradeiro. 
- Para que saiba que não admito meias-verdades ou meias-mentiras. Fale o que for perguntado, a sua intenção, não tema o castigo, tema a inverdade. Compreendido?
Um grunhido substituiu a aprovação e foi pedido que repetisse até atingir a compreensão que deseja o Mestre e Senhor.
Deixou-a novamente para ir à casa de banho e retornando, pegou a adaga cerimonial com qual toda a cera que pingava sobre os seios e barriga fora derramada. Consegui sentir o gume da adaga, a saliva a correr, mais e mais se aproximando dos sensibilizados mamilos que ainda tinham as tenazes.
Pacientemente foram tiradas toda a cera e a pele mostrava um tom avermelhado. Uma bisnaga espalhou álcool canforado que apesar de aliviar e higienizar o local, causava uma dor que não podia ser expressa e também não pode ser expressa a dor quando as tenazes liberaram os mamilos que também receberam a substância que era jogada pela bisnaga.
O que faltava? Os prendedores da língua. Foram retirados um a um aos puxões e deixaram uma incômoda e lastimada dor que não cessava. 
- Tem algo a dizer, cadela?
Engoliu a saliva que tinha na boca, respirou fundo e pode pronunciar as palavras que a sufocavam. 
- Obrigada , Senhor, por ensinar sua cadela a agir da forma que o Senhor espera  e que dignifica a sua coleira.
Desatou as mãos e liberou-a recomendando que tomasse um banho regenerador e se vestisse e o sutiã oferecia uma dor adicional que carregaria consigo.
- Gostaria de saber o que há na caixa, cadela?
- Se assim me permitir, Senhor.
Deu-lhe a caixa que causara tanto sofrimento pela curiosidade insatisfeita. Esperou ansiosamente que a ordem para abri-la finalmente lhe fosse dada e quando ela veio, abriu-a devagar. Qual não foi sua surpresa quando viu que naquele pequeno recipiente que causara-lhe tanto dor havia o que menos esperava: NADA.

domingo, 6 de maio de 2012

Fascinação - Parte 1

Saltos que marcavam seu ritmo no piso de madeira e finalmente entrando na habitação onde um homem encontrava-se sentado à espera. No restaurante elegante havia poucas pessoas distribuídas nas mesas do salão, desfrutando das finas refeições oferecidas pelo estabelecimento. 
- Bom dia, Senhor. 
- Está atrasada! - disse consultando o relógio - Porque?
- Um acidente na Marginal e o trânsito complicado nas cercanias. Não adiantou em nada sair uma hora mais cedo como me ordenou.
- Espero que hoje á noite não se atrase. Não há nada mais irritante do que esperar quem quer que seja. Escolhi seu prato para que não atrasemos mais na volta ao nosso trabalho.
- Grata, Senhor. 
Conversas amenas, quase esquecidas dos contextos implícitos e explícitos da situação que poucos conseguiam perceber. Poderiam dizer, sem sombra de dúvida, que era um casal absolutamente normal.
O almoço continuo rigorosamente normal, primeiro prato, prato principal, sobremesa e café. 
- Satisfeita?
- Sim, Senhor! As escolhas foram absolutamente maravilhosas. Muito obrigada!
- Fico feliz que tenha gostado. Quero muito que você use isso que está dentro desse estojo. Não abra aqui e nem em qualquer momento antes de usá-lo. 
- Sim, Senhor.
- Outra coisa:  não ouse abrir esse estojo antes do tempo determinado porque eu saberei. Você não sabe esconder nada e eu sei como tirar a verdade de você, portanto, não aventure-se.
- Sim, Senhor, como desejar.
A conta foi fechada e caminharam ambos em direção ao estacionamento. Quando o carro dela foi trazido antes do dele, esperou que ela se sentasse e discretamente ofereceu sua mão para a reverência protocolar, um sutil beija-mão.
Aquele estojo branco exercia uma fixação sob ela e o Dono sabia disso, decidindo dessa forma a maior prova que poderia demandar dela. Cada parada nos sinaleiros era uma tortura, passava as pontas dos dedos pelo estojo, era uma fascinação inacreditável que fazia, inclusive, ser um elemento da profunda excitação na qual se econtrava. 
Chegou ao seu trabalho, pegou o elevador e o celular toca:
- Onde está, escrava?
No elevador cheio respondeu baixo que estava no elevador do trabalho.
- Trouxe a caixa consigo?
- Sim, Senhor! Trouxe aqui e está em minhas mãos.
- Não ousou abrí-lo, né?
Aquela pergunta, aquela voz , a entonação a excitava e aquilo não era apenas uma posição mental, era também física e conseguia sentir a umidade tomar-lhe o sexo, além da boca seca, da vontade de ajoelhar-se ali mesmo e render tributo àquele homem imensamente forte.
- De forma alguma Senhor, eu não ousaria!
- Assim, espero. Boa tarde!
- Boa tarde, Senhor.

Que tarde! Em sua empresa era uma comandante firme e séria o que, para os desavisados, poderia parecer uma contradição com seu papel de submissa, o que não chegava a não ser uma surpresa mas era absolutamente incorreta.
Naquela tarde,pouco pode ou conseguiu conciliar as tarefas com a ansiedade que a invadia por conta da sedução do objeto que não via, da sessão que viria, do que Ele faria com seu corpo e sua alma que Lhe pertencia.
A caixa, a caixa, a caixa... Ousou quase a abrir, mas imaginou as dores que poderiam advir daquele fato pela simples curiosidade que teria de controlar. 
O celular toca:
- Não fale nada, não precisa. Cuide-se em não deixar a curiosidade te dominar. Há uma pequena caixa dentro de sua caixa de correios, é um sabonete,tome banho com ele. Ontem te deixei uma caixa com uma roupa específica que espero que também não tenha aberto. Vista-a e apresente-se no lugar determinado. Boa tarde!
Que vontade imensa de responder, fazê-lo saber o quanto o idolatrava, era seu Dono de fato, de direito, uma coleira que estava posta e não seria removida senão se Ele quisesse.
Passaram-se uma, duas , três horas, final do expediente. os papéis rapidamente colocados, celular mais uma vez:
- Ainda aí? Não ouse atrasar-se!!!
- Sim, Senhor.
Dirigiu com velocidade para que não chegasse fora do tempo requerido. Estacionou o carro, abriu a caixa de correios, pegou a caixa, tomou cuidadosamente um banho, encontrou uma roupa maravilhosa de couro branco e botas que modelava seu corpo e a fazia com que apenas realçasse sua bela pele morena, cabelos negros e botas da cor da roupa.
A ida ao ponto de encontro com seu Dono requeria menos tempo para ser atingido do que o caminho que anteriormente fazia. Não estava autorizada a parar na frente do local do encontro mas mais uma vez utilizando o celular indicou onde estava e recebeu a ordem de entrar com o carro na garagem, estacioná-lo, tomar o corredor à direita e entrar na habitação onde transcorreria a sessão. Ao chegar, uma voz na meia penumbra ordenou que preparasse o ambiente, colocasse todos os objetos sobre uma mesa mas que ainda não abrisse a caixa que mantivera consigo e a fascinara completamente.
- Muito bem, menina! Vejo que a caixa não foi aberta, parabéns. 
- Obrigado, Senhor.
Ocupou seu lugar em uma confortável poltrona e ela sabia o que isso significava, era hora de servir. 

(Fim da 1a. Parte)