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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Please don´t touch (I shake so much)


Well there ain't no other woman
that can make me feel this way,
Gets up close you know, I just ain't got a word to say.

PLEASE DON'T TOUCH
I shake so much,
PLEASE DON'T TOUCH
I shake so much.

Well I get so nervous when I see his eyes that shine,
Gets too close and a chill runs down my spine.

PLEASE DON'T TOUCH
I shake so much,
PLEASE DON'T TOUCH
I shake so much.

I don't know why she's got her claws in me,
'Cause I ain't fighting baby, can't you see,
Sneaking up the stairway, running like a thief,
Spend the night shaking like a leaf,
Oh I remember the first time I took her to a cheap motel,
Well I woke up drunk, you know I felt like Eskimo Nell.

PLEASE DON'T TOUCH
I shake so much,
PLEASE DON'T TOUCH
I shake so much.

(Para astaroth de Janus)

A educação dos sentidos - Parte 9 - The education of the senses - Part 9 (Janus SW)

(Para/To: Andrasta Domme)

A sessão terminara e convinha a todos discutirem o que havia acontecido e, ao menos na cabeça de alguns, não era pouco: a nova experiência de aleph, o prazer do seu submisso em outras mãos para a Senhora e, em contraparte, a sensação de proporcionar prazer pela primeira vez durante seu treinamento que tão gentilmente a Senhora lhe permitira fazer com aleph.


Enunciado assim, tudo poderia parecer fácil mas não era, ao contrário, fazia daquelas três mentes e emoções um desvairado conjunto de sensações, variando entre o prazer, a meditação e até certo ponto um arrependimento, cada um em seu papel e realidade.


Enquanto banhava-se, Domme experimentava a sensação de poder ser uma poderosa Dominadora como a Senhora era e essa sensação provocava arrepios na pele, uma diferença perceptível na respiração e um sentimento que a fazia respirar fundo e apreciar o ar.


Por sua vez, a Senhora experimentara um sentimento que desconhecia em sua história dentro do BDSM e isso chamava-se sentimento de posse que não imaginaria ser ferido pela experiência do empréstimo de aleph. Sentia que o gozo de seu submisso não lhe parecesse possível mas a sua concretude lhe alertou de aspectos que todos rejeitam mas que é realidade: o sentimento de posse dirige, inevitavelmente ao aprofundamento dos laços, mais do que o "amor" que se enunciava no mundo baunilha mas continha, inquestionavelmente, todos os elementos daquele.


Aqueles pensamentos fervilhavam na cabeça da Senhora quando ela se dirigia à sala imensa onde faziam suas refeições e as celebrações e que estava impecavelmente preparada por Sua peça que A aguardava ali, sentado e que se pusera em pé quando entrara.
No cruzar dos olhos, alepnh arrepiou-se: sentiu que dali algo do brilho que sempre experimentara nos olhos de sua Senhora mudara de intensidade e o levara a temer tal fato. Perguntava-se qual motivo para aquela perda de brilho e antevia um momento de tensão enunciado de antemão.
Domme por sua vez chega com a feição daquela que estava fascinada pelo mundo que se estendia à sua volta. Começava a perceber com clareza que se não havia o "mar de rosas" havia um universo a explorar que lhe parecia promissor.
Tomaram parte da refeição em relativo silêncio sem, todavia, tocar no assunto da sessão acontecida. A Senhora e Domme retomaram um diálogo sobre generalidades e fizeram com que aleph se sentisse à vontade para intervir quando solicitado.
- A refeição está ótima, aleph, parabéns.
- Obrigado minha Senhora. Fico feliz que tenha agradado.
A Senhora sorriu para seu submisso e aleph permitiu-se sentir menos tenso e mais à vontade do que antes. Domme, por sua vez, percebera que os olhos da amiga perderam um tanto do brilho.


- Senhora... Parece querer dizer-nos algo - disse Domme - O que seria?


A Senhora respirou profundamente, pensou nas palavras, tentou selecionar, ainda que rapidamente, aquelas que parecia querer falar e as quais não desejava sequer pronunciar.
- Querida Domme e meu aleph... Bem sabem vocês que sou uma pessoa que raramente recusa-se a algo que seja novo, ofereça algum risco e mesmo alguma prova para mim mesma mas hoje, sinceramente, acredito ter atingido um limite o qual não deveria ser ultrapassado por ninguém, nem ao menos os Dominadores.


- Qual seria minha Senhora? - perguntou aleph.


- Aquele no qual parece que se perde o controle , aquele no qual tudo o que se sente de mais inquestionável e mais necesário possível seja apenas uma figura de ficção , que o que parece raro é comum e todas essas enormidades às quais não damos o devido valor e acabam por ser imensas.


- Poderia nos dizer o que é, amiga?


A Senhora olhou nos olhos de Domme como se preferisse que a pergunta não tivesse sido feita ou que a resposta não fosse assemelhada a alguém que, enciumado, expõe os demais a uma verdadeira cena de novela.


- Não vou negar, caríssima, que o prazer de aleph quando da inversão torturou-me e me fez sentir, de alguma forma, mais uma no mundo, sem nada que me conectasse de modo especial à aleph. Parece-me insuportável a idéia do prazer que não é exclusivamente consigo, apesar de ter sido uma livre escolha de minha parte.


aleph não esboçou uma palavra que seja apesar de sentir-se de alguma forma atingido com o mal estar de sua Dona. No entanto, saiba-se bem (e a Senhora não constituia exceção) que algo na expressão de aleph denotava um certo sentimento de abandono e , porque não dizer, traição.


- A dimensão do prazer é uma dimensão poderosa, revolucionária, capaz de movimentar todo o mundo e a do prazer no sexo uma das que é capaz de destruir ou construir afetos, desejos e realizações as mais diferentes. Hoje senti-me apenas mais uma com minha peça, tão barro ainda não cozido que ocorreu-me o risco de perdê-la.


aleph, humildemente, pediu a palavra e ela lhe foi concedida.


- Minha Senhora, já que assim me permite chamá-La. Digo-Lhe apenas que dentro de meu coração e de minha devoção, não há lugar para ninguém senão a Senhora e por uma razão que pode parecer simplória mas não é, a de ter-me feito, moldado, soprado em minhas narinas. Sem a Senhora, não sou e jamais serei e não me sujeitaria o que quisesse e a quem quer que fosse, senão pela vontade da Senhora.


A Dona de aleph sorriu com gratidão mas com uma ponta de melancolia e antes de falar, deixou suas mãos ao alcance dos lábios de aleph cujo gesto era assemelhado aos dos gentis homens e cavalheiros que saudavam suas Damas sem beijar-lhes a mão propriamente.


- Não diga isso, caro aleph. Bem sabe que por muitas vezes, você perdeu sua coleira por gestos e atitudes impensadas. No entanto, bem reconhecia em você a nobreza de caráter demandada por qualquer um que queria dominar por isso insisti em você. No entanto, meu querido, nada é para sempre por mais que nos iludamos com o futuro. Cumpre-nos fazer cada dia de nossa convivência, um dia particularmente favorável e cheio de cores para que não nos arrependamos do que pudemos ter feito e não fizemos assim como tirar as lições que nos são dadas aprender.


- Como a de não se emprestar escravos, cara Senhora?


A Senhora riu com um pouco mais de desenvoltura e explicou à Domme que absolutamente tinha alguma restrição incial ao empréstimo. No entanto, o que a surpreendeu foi o fato de que não imaginava estar tão pouco preparada para sentir os jatos de esperma em suas mãos e o prazer estampado no rosto do seu submisso.


- E também pouco imaginaria que aleph sentiria tanto prazer assim! - disse com um sorriso nos lábios, ainda que discreto.


aleph sorriu mais timidamente ainda e disse que nem ela ao menos pensava que pudesse ser assim mas todo o clima que se instalara fizera inevitável o prazer ao ter as entranhas percorridas pelo instrumento, tocando partes as quais quase (ou efetivamente) feriam e outras que provocaram o êxtase como a massagem que a Senhora aplicava em seus testículos e pênis.


Sentia (e isso era fundamental) um prazer moleuqe na cara de sua Dona, na provocação explícita de sentimentos de prazer os quais ele considerava maior do que os próprios. Evocava o serviço em sua mente e o prazer único a quem unicamente estava reservado e a quem servia de corpo e alma , para todo o tempo que fosse permitido.


- Jamais transgridirei uma vontade sua Senhora e sei que , se o fizer involuntariamente, a Senhora conseguirá me guiar para o caminho certo porque não tenho opção senão serví-La.


Mais uma vez a Senhora emocionara-se e concluia , finalmente, que a vida de aleph de fato Lhe pertencia. Relativizando os dramaticos momentos de prazer em outras mãos, tomou a firme decisão de que, apesar de ter amplo mando, restringiria algumas práticas mais sensíveis de aleph com outras Domiandores e outros Tops até o momento que estivesse rigorosamente pronta para tal.


Sabia que , quando determinava-se a criar essa "tolerância", atingir esse patamar elevado, não hesitava em fazê-lo e assim o faria, constituindo aqueles dias aprendizado para todos, inclusive a dupla Senhora e aleph que perceberam a intensidade do que sentiam um pelo outro.


Seguiram o resto da noite tomando vinhos, petiscando, conversando e deixaram as supostas nuvens de tempestade para trás. Ao despedirem-se, disse a Senhora à aleph.


- Descansa, aleph, não é necessário acordar tão cedo amanhã. Apenas lembre-se que deverá estar pronto porque nosso segundo dia exigirá muito mais do seu corpo e da sua alma do que hoje foi exigido.


- Perfeito, Senhora, descansarei. Uma boa noite às Senhoras. Com sua permissão.


- Tem permissão! Boa noite.


Enquanto aleph se afastou, observado por ambas as Dominadoras, a Senhora disse a Domme:


- Caríssima, apronte-se também. Amanhã terá a sua maior prova como Dominadora.


Domme olhou para os olhos da amiga mas dali não conseguiu tirar sequer uma indicação do que a aguardava. Segura, no entanto, de que a Senhora era consciente de suas limitações, ansiava para que a noite pasasse e a tarde viesse para que pudessem exercitar mais uma vez as nuances novas desse mundo.


- Tenha uma boa noite , Senhora.


- Boa noite, cara Domme.


Fecharam-se em seus quartos e as luzes apagaram, causando a plena harmonia com os momentos finais do dia.

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Doce FEMDOM ... Sweet FEMDOM





O que pode parecer terrível a alguns olhos pode, na verdade, ser tão doce para outros....


What could be so terrible for some to see could be sweet for others...

sábado, 19 de setembro de 2009

Sweet dreams (are made of this)


Sweet dreams are made of this
Who am I to disagree?
I travel the world
And the seven seas--
Everybody's looking for something.
Some of them want to use you
Some of them want to get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O prazer do texto (Roland Barthes)

"Sade: o prazer da leitura vem evidentemente de certas rupturas (ou de certas colisões): códigos antipáticos (o nobre o trivial, por exemplo) entram em contato; neologismos pomposos e derrisórios são criados; mensagens pornográficas vêm moldar-se em frases tão puras que poderiam ser tomadas por exemplos de gramática. Como diz a teoria do texto: a linguagem é redistribuída. Ora, essa redistribuição se faz sempre por corte. Duas margens são traçadas: uma margem sensata, conforme, plagiária (trata-se de copiar a língua em seu estado canônico, tal como foi fixada pela escola, pelo uso correto, pela literatura, pela cultura) e uma outra margem móvel, vazia (apta a tomar não importa quais contornos) que nunca é mais do que o lugar de seu efeito: lá onde se entrevê a morte da linguagem. Essas duas margens, o compromisso que elas encenam, são necessárias. Nem a cultura nem a sua destruição são eróticas; é a fenda entre uma e outra que se torna erótica. O prazer do texto é semelhante a esse instante insustentável, impossível, puramente romanesco, que o libertino degusta ao termo de uma maquinação ousadea mandando cortar a corda que o suspende, no momento em que goza".

(In: Barthes , Roland : O prazer do texto. São Paulo, Perspectiva, 2006 pág 11-12)

sábado, 12 de setembro de 2009

A educação dos Sentidos - Parte 8 - The education of the senses - Part 8 (Janus SW)

(English abstract in the end of the text)

Para:/To: Andrasta Domme

Os olhares de aleph e sua Senhora comunicaram-se quase que imediatamente e o que ele pode sentir foi uma mensagem que era conflitante com castigo, com a dor que inevitavelmente sentiria. Ela apenas aproximou-se e começou a acariciá-lo sutilmente, com uma mensagem subliminar de que confiasse.

- Não encare isso como punição, aleph. A punição já se foi com o spanking já que a punição deve ser proporcional à ofensa. Agora permita-se ser dominado de uma forma a qual jamais foi submetico.

No entanto, a Senhora percebeu que a dúvida e a angústia não desaparecera dos olhos de aleph e logo entendeu o porquê.

- Pensava que você não estivesse submetido à esse pensamento linear, aleph. Será que me enganei quando pensei que um espírito livre estava portando minha coleira?

- Não, Senhora. A Senhora não se enganou. Apenas temo pela imagem que ficará de mim para a Senhora.

- aleph, aleph.... - disse a Senhora com doçura – O que é ilícito acontecer entre um homem e uma mulher livres? O que é ilícito à um servidor fazer para atender os desejos de sua Senhora? Aleph... quando decidiu servir-me nasceu um novo homem, obediente mas liberto e liberto exatamente por ter disciplina e por ter espírito de servir. E também sabe que está livre para ir quando quiser, bastando devolver a coleira que lhe foi confiada para honrar. ? isso o que quer aleph?

- Não, Senhora. Serví-la da forma que a Senhora desejar é a única coisa que desejo para minha vida, agora, amanhã e enquanto a Senhora desejar ter-me sobre Seu domínio. Não poderia aprender mais senão em Sua presença e eu agradeço as lições que tem dado a mim, Senhora.

Domme assistia aquela cena com atenção e aprendendo a lição mais importante de alguém que pretendia dominar: o respeito,a responsabilidade e consideração com o servidor que colocava sob seu domínio.

Desde que a Senhora lhe propusera, para sua educação e a de aleph, que fizessem o forte ato da inversão, questionara-se qual seria o impacto para si mesma e para aleph. Duas questões se colocavam ali: primeiramente que sendo a experiência inicial, todo o valor que se daria a tal prática dependia da qualidade de primeira vez. Aprendera isso consigo mesma e da primeira vez que um homem tocara-lhe o corpo com vistas ao sexo: a experiência com um homem valoroso a libertou de todos seus medos e tornou-a livre para abraçar , no futuro, sua condição de dominadora.

Depois, pensara em como aleph encararia a própria questão da prática confrontada com o conceito de sua masculinidade que era muito comumente colocada em questão em práticas como essa. Ecantara-se com a breve lição que a Senhora dera, afinal, sempre crera que tudo o que era feito entre um homem e uma mulher era desprovido de tais preocupações e mesmo porque masculinidade é um conceito que deveria extrapolar a esfera sexual e instilar-se pela vida de um homem como um todo.

Conseguia visualizar a tensão no corpo de aleph e como essa tensão aliviara-se quando das palavras da Senhora. Agora , relaxado, estava ajoelhado ante a Domme que não ousava movimentar um músculo dada a intensidade da cena e do momento que se desenrolava.

- aleph, entenda isso – disse-lhe a Senhora. - Domme porta dois símbolos de poder que sempre foram associados a vocês homens, o falo e as botas, a materialização do poder e da força. Nesse momento, ela é dominante de fato e simbolicamente. Tribute-lhe suas reverências.

Bem sabendo o que isso significava, abaixou-se e beijou as botas da Domme e sob o comando de sua Senhora, lambeu-as assim como as solas que foram oferecidas, subindo pelo cano até uma determinada altura onde foi comandado a parar.

Logo que terminou com o ritual na bota esquerda (começara pela direita) foi tomado pelos cabelos pela Senhora e teve sua boca dirigida para aquele falo que esperava rígido, em permanente estado de prontidão.

  • Abra a boca, aleph!

Imediatamente atendeu à ordem, abrindo a boca o máximo que podia sendo dirigido para o consolo que foi enfiado em sua boca lenta mas incessantemente até que batesse no fundo de sua garganta e provocasse um espasmo que molhou de saliva o instrumento.

  • Chupe! - comandou a Senhora.

Dedicou-se lentamente á sucção do falo o que provocou um suspiro de satisfação na Domme ao ver aquele homem, másculo e belo, subjugado e tributando reverência ao seu símbolo de poder. Era sutilmente amparado pela sua Senhora que o afagava e reduzia com esse simples gesto toda a tensão que tomava o corpo e a mente de aleph.

- Deite-se, aleph! - ordenou Domme para a surpresa da Senhora que não esperava que sua pupila estivesse tão excitada com a situação a ponto de perder o ritmo respiratório que mantinha mesmo nos momentos mais tensos ou mais excitantes das etapas que atravessaram.

Aleph dirigiu um olhar inquiridor à sua Senhora como que confirmando a ordem recebida. Ante o olhar de aprovação de sua Senhora, deitou-se, barriga para baixo e Domme colocou suas botas pretas sobre a cabeça de aleph.

- Senhora, permita-me dizer que pela concessão do domínio de aleph me ensinou muito mais do que aprendi com muitos que tentaram me ensinar a arte do BDSM. Em respeito á isso, Senhora, pergunto-lhe se convém ir além nesse momento e consumar a posse de aleph. Sou grata a ambos pelo que fizeram e não desejo que nada abale o casal que formam.

A Senhora emocionou-se com a atitude respeitosa e que demonstrava tanto cuidado com uma peça que lhe era cedida para o prazer mútuo e , principalmente, para a educação dos sentidos de aleph e sua qualificação como o sub que a Senhora desejava.

- Cara Dome, amiga de tanto tempo, sinceramente, apesar de eu esperar grandes gestos de sua parte, esse mostrou-me que com o tempo terá totais condições de ser uma excelente dominadora. Se lhe falta técnica, não lhe falta o sentido de cuidado que todos os Tops deveriam ter. Não se trata de bom senso, essa coisa que não tem rosto mas sim uma indiscutível preocupação com a concretude do bem estar e da segurança de quem a serve mesmo que temporariamente. Não se preocupe, caríssima, prossiga. Aleph aprenderá o que precisa aprender.

Domme, com a cabeça, reverenciou a Senhora em gratidão. Ato contínuo, sem tirar o pé da cabeça de aleph, disse em voz baixa e tranquila:

- Não tenha preocupação com nada, aleph. Estarei cuidando de você como cuido das pessoas que mais amo. Tranquilize-se e tudo ficará muito mais fácil.

Dito isso, liberou-o de sua bota e puxando pela coleira o colocou de quatro na cama. Um tubo de óleo estava estrategicamente guardado sobre o criado mudo de forma que tomando-o, começou a praticamente regar as nádegas, o ânus e também o saco escrotal de aleph o qual massageou levemente como que para provocar um certo relaxamento.

Colocou uma luva de procedimento na mão direita e começou a massagear o ânus e lubrificá-lo mais profundamente com óleo. Aleph gemia baixinho, proporcionalmente á dor que lhe infligia a Domme ao disvirginar , inicialmente com o dedo, aquele ânus intocado até então. Sentia a pressão em seus dedos que deslizavam lentamente e assim deslizou o segundo, provocando uma tensão que apenas fazia aumentar a dor.

- Relaxe, aleph... - pediu mais do que comandou a Senhora – Com isso reduzirá e muito a dor. Confie em sua Dona.

- Sim, Senhora.

Domme lubrificou o consolo que trazia na cintura e muito sutilmente empurrou o quadril de forma a provocar o início da penetração. Imediatamente aleph contraiu-se, fechou o rosto e foi acariciado pela Senhora para que readquirisse a confiança e novamente destensionasse sua musculatura.

Orientada pela Senhora que estava ajoelhada na frente de aleph com a cabeça dele em seu colo, orientou progressivamente a penetração e também, sempre que possível intensificava a lubrificação para que doesse o menos possível.

Seguiram-se mais alguns centímetros e aleph sentia suas carnes abrindo-se ao contato daquele material úmido de óleo e rígido o suficiente para provocar-lhe sensações tão intensas de invasão, de violação na verdade, como se tudo o que era enquanto homem fosse oferecido naquele momento.

Tentava em vão conter ao dor, fazer-se forte mas não era possível e não foi até que sentisse que aquele instrumento havia invadido até ser contido por um gesto de sua Senhora e que disse para Domme movimentar os quadris de forma que provocasse o mesmo movimento de uma penetração feita por um homem.

- Meu belo escravo, meu grande homem... - repetia a Senhora no ouvido de aleph que foi deixando-se levar por todas as sensações que consistiam dar aquilo que era tido como a essência da masculinidade nas mãos daquela que, ao menos naquele instante, tornava-se posse de Domme por concessão de sua Senhora.

De onde estava, por sua vez, a Dona de aleph observava o instrumento a entrar e sair lentamente do ânus de seu menino e foi com o incentivo constante que observava não apenas o relaxamento mas um certo grau de prazer de seu submisso.. Segurou-lhe pelos cabelos , dirigiu o olhar de aleph ao seu e conseguia notar que, envolto em névoa de sentimentos e sensações, delirava. O que mais lhe despertava o desejo? Aquele instrumento? A respiração da Senhora? O tesão que Domme mal conseguia esconder em ser uma mulher poderosa na essência do simbolismo? Não ousava querer saber, não lhe interessava e na verdade, tudo o que queria era ter seu submisso e sua pupila educados em suas respectivas esferas e papéis.

Os minutos seguiam-se e Domme já alternava penetrações e retiradas mais rápidas e mais lentas do consolo o que fez aleph delirar em prazer indescritível.

- Isso, aleph! Mostre para Domme quanto prazer eu sinto que tem. Vamos, mostre!

Aleph liberou os gemidos retidos em sua garganta e em seu espírito e perdia o controle de todas as sensações que exprimentava, afinal, era um novo homem submetido às duas mulheres poderosas e dominantes que o cercavam.

Jã não deseja mais o fim, ao contrário, deseja ser verdadeiramente estuprado com uma certa violência mas com cuidado por aquela mulher. Não, não lhe cabia exigir nada, não cabia pedir nada, apenas receber o que lhe quisessem dar e na medida que fosse.

Com esses pensamentos na cabeça, o desejo que fluía em suas veias, não pode evitar uma ereção que não passara desapercebida à Senhora que ordenou praticamente que a Domme o penetrasse ainda mais, devolvendo-lhe a dor da nova porção explorada juntamente com o desejo que não lhe abandonava mais.

Domme estava suada e cada vez mais envolvida com aqueles movimentos de quadril e com a tensão e tesão daquilo que fazia. Como a Senhora pode pensar em algum momento abandonar aquele homem que se submetia de forma tão esplêndida? Arrependeu-se de seus pensamentos indevidos e fazia movimentos alternados de penetração e de retirada do falo de vigor inesgotável.

Tendo o ânus massageado assim como seu escroto que a Senhora voltara a lubrificar e acariciar, anunciou aos gritos o seu gozo que foi recolhido pela Senhora em suas mãos. Sentia os jatos de esperma que não paravam e , confessaria mais tarde, sentia um ciúme por seu menino ter um prazer tão grande com outra mulher.

Não deixou escapar quase nada do esperma que mal cabia em suas mãos.

- Pode tirar o cacete de dentro dele, Domme, lentamente.

Reparou a saída lenta do consolo e o alargamento do ânus de aleph depois dessa saída. Se tivesse feito um enema, mandaria aleph chupar aquele consolo mas fez com que Domme o amarrasse novamente, sem oportunidade de dar-lhe descanso.

- Puxe a cabeça dele para trás, Domme! - pediu.

Sem pronunciar uma palavra Domme fez exatamente o que lhe era pedido, puxando a cabeça de aleph para trás.

- Abra a boca, cachorro!

Aleph surpreendeu-se pelo tom de voz da Senhora e a acreditou enraivecida consigo, sem qualquer coisa que aparentemente pudesse motivar tal reprimenda. De fato, não era responsável pelas sensações de ciúme que a sua Dona sentia.

Ela , por sua vez, derramou todo o esperma que guardava na mão na boca de aleph e recomendou que não engolisse antes de limpar o restante que ficara em suas mãos. Depois disso, sorveu todo o líquido alcalino que lhe desceu pela garganta.

Foi desamarrado pela Senhora, amparado, antes que a Domme, já sem o acessório reaparecesse na masmorra.

- Agradeça à Domme por tudo o que aconteceu na noite de hoje. Beije-lhe os pés.

Aleph ajoelhou-se frente à Domme e beijou-lhe as botas negras. Agradeceu pelas lições, pelo cuidado e pelo prazer que provocara em si e em sua Dona.

- Muito bem , aleph, você sempre honra a coleira que porta. Domme ficará conosco hoje e tomaremos um vinho e conversaremos. Tome banho, apronte-se e providencie tudo o que combinamos para nos satisfazermos. Nesta noite será concedido juntar-se á nós.

- Grato e com a licença das Senhoras.

- Vá , aleph.

Saiu movimentando-se lentamente, talvez tentando recuperar o corpo e a mente da experiência vivida e deixou para trás uma Senhora que não imaginava ficar tão movida com uma cena. Isso não passou desapercebido da Domme que pensava no que haveria à seguir. Se até aquele momento, em apenas uma noite, experimentara coisas tão diversas em intensidade, o que haveria depois? Isso nem podia imaginar.

(Fim da parte 8)

Taken by the Domme , aleph learns that the concept of manhood is not directed related to some pratices as be penetrated by a dildo as his Mistress ordered to be done.
The tension took place as very carefully and respectfully Domme made he fell relaxed in order to come with he smooth movements that took place.This caused mixed feelings on the aleph´s Mistress: by one hand she was plenty satisfied with the service with wich Domme and herself were granted, by other hand was very tuff to see his bottom fell pleasure with another Top.
As aleph was ordered to have a bath and join both in the aftermath of the session, Domme thought that was time de evaluate what went one and take the next steps to come.

(To be continued)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Les promesses d´un visage (Baudelaire)




"J´aime, ô pâle beauté, tes sourcils surbaissés,
D´où semblente couler les tenébres;
Tes yeux, quioque trés-noirs m´inspirente des pensers
Qui ne sont pas du tout funébres.

Tes yeux, qui sont d´accord avec tes noirs cheveux,
Avec ta criniére élastique,
Tes yeux, languissamment, me disent: "Si tu veux,
Amant de la muse plastique,

Suivre l´espoir qu´en toi nous avons excité,
Et tous le goûts que tu professes,
Tu pourras constater notre véracité
Depuis le mombril jusqu´aux fesses;

Tu trouveras, au bout de deux beaux seins bien lourds,
Deux larges médailles de bronze,
Et sous un ventree uni, doux comme du velours,
Bistré comme la peau d´un bronze,

Une riche toison qui, vraiment, est la soeur
De cette énorme chevelure,
Souple et frisée, et qui t´égale en épaisseur,
Nuit sans étoiles, Nuit obscure!"


AS PROMESSAS DE UM ROSTO

Amo, ó pálida beleza, os teus cenhos curvados
Que dão às trevas todo o império;
Teus olhos, embora negros, me inspiram cuidados
Que não têm nada de funéreos.

Teus olhos, que imitam a negrura dos cabelos
Da tua longa crina elástica,
Teus olhos langeus que dizem: "Amante, se o apelo
Queres seguir da musa plásticda

Que infundimos no teu ser, ou tudo que conntigo
Em matéria de gosto trazes,
Poderás ver, desde as nádegas até o um bigo,
Que nós te fomos bem verazes;

Encontrarás sobre dois belos seios pontudos,,
Dois grandes medalhões de bronze,
E sob o ventre liso, macio como veludo,
Amorenado como bronze,

Um rico tosão que á tua enorme cabelereira
Copia no negrume e na espessura;
De tão sedoso e encrespado, ele te iguala inteira,
Noite sem astros, Noite escura!"

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Revolucionário?/Revolutionary? (Janus SW)

Abstract:

To change the concepts in order to reach the full expression and pratices of our sexual behaviour has been a task assumed by many and many people in every time of the humanhood history.
With BDSM is the same: we wish that someday it could be considered revolutionary, to change the misconcept that considers the many of our praticies compared to another disgusting and outraging paraphilias.
But if that´s true that this discussion will lead us to figth for IDC 10 F65 change is necessary to overcome the prejudices that exists in the BDSM and make it a place where freedom at least become true.

Tem horas que nós, como todos, criamos as nossas fantasias acercada daquilo que nos atraí, nos encanta, enfim, que amamos. É como estarmos enamorados onde o amado ou a amada não têm defeitos (apesar de terem), os filhos são os mais lindos (apesar de eventualmente não serem) e por aí vaí.
Totalmente compreensível essa postura já que é difícil , e eu sou o primeiro a assumir, que nos acordem dos nossos sonhos e digamos: - Poxa, amigão, grato por isso, viu? como se nada tivesse acontecido. Aviso aos navegantes: além de não ser assim, tenha pouca esperança que alguém vá ouvir suas razões.
Porque tanta enrolação para comentar o assunto do artigo de hoje? Primeiramente, não acredito ser enrolação mas já uma declaração de que as contestação serão plenamente acatadas e até espero que elas aconteçam, vindas de diversas fontes que costumeiramente por aqui aparecem.
Acho interessante que uma das questões que levanta-se costumeiramente é a de se o BDSM possa ter provocado uma revolução em termos de comportamente sexual . Fico pensando que o termo "revolução", sociologicamente, foi muito mal usado e, normalmente, confunde-se com o ato de serem criadas alternativas, novas formas ou mesmo, sistematizado formas antigas em novas roupagens.
Também há uma grande confusão entre explicações filosóficas que mais tendem a complicar a questão do que simplificá-la, principalmente porque tentam disfarçar os claros limites dessa questão aplicada ao meio.
Acredito perfeitamente pertinente a definição de "revolução" dada pela Wikipédia:

"Revolução é uma ruptura abrupta do sistema jurídico, político, social, econômico ou cultural vigente, com a subsequente formação de um novo sistema.
Em geral, uma revolução fica caracterizada quando o espaço de tempo em que as mudanças ocorrem é curto, pois, se longo, as mudanças passam desapercebidas e acabam sendo consideradas apenas um processo evolutivo."

Uma definição que comporta várias facetas e, ao meu ver, colocam em xeque a intenção de quem queira conotar o BDSM como revolucionário. E a questão que se coloca, também, é se nos diz respeito tentar provocar uma revolução,ou mesmo, se nos convém enquanto grupo ou pessoas, tentar provocar esse estado de ruptura abrupta.
Quanto tento verificar o que está em meu entorno, vejo que conseguir uma ruptura não é nada perto de sermos suficientemente competentes para fazer uma nova proposta de manifestação sexual.

A começar por um fato que costumamos deixar um tanto de lado, talvez por uma visão muito à frente sem nos reportarmos ao passado, a de que o BDSM não criou nenhuma das manifestações que estão comportadas nesse acrônimo e nem nas que orbitam por elas.
O máximo que possamos eventualmente ter feito for ter dado à essas formas de manifestar prazer, um estatudo mais conforme com os tempos atuais, colocando na equação , ao menos na teoria, muito de segurança, consensualidade, Sanidade e por aí vai, seja qual forma a construamos.
Bondadge, Sadismo, Masoquismo, Dominação, Submissão e tantos outros conceitos e práticas estão disseminadas na história da humanidade ao longo do tempo mesmo admitindo que tenham outro caráter e outra "finalidade" , nenhuma, felizmente, ligada ao motivo pelo qual praticamos o BDSM, ou seja, o prazer.
O que dizer da hierarquia? Desde que o mundo é mundo, a questão da hierarquia é a que constitui e que dá lógica aos agrupamentos humanos organizados e, no nosso caso, uma hierarquia monarquica ou eclesiástica reflete, sem dúvida, a forma que adotamos. Creiam-me, não qualquer crítica ao sistema, ao contrário, apenas nos resta apurar que as formas pré-existentes são desse caráter e poderiam, mesmo assim, propor uma renovação contanto ESTATUÍSSEM (desculpem as maiúsculas) de forma clara e inequívoca, uma abordagem que nos deviasse das formas tradicionais de concepção do sexual/erótico/afetivo e aí residem minhas dúvidas em diversos pontos, alguns dos quais eu abordarei no contexto desse artigo.
A primeira questão que me sucede é de haver, por parte de alguns praticantes com os quais tenho conversado, uma resistência enorme a questão de uma prática libertina dentro do BDSM , ou melhor colocando, o BDSM enquanto prática libertina.
Algumas das pessoas manifestam a impossibilidade do BDSM ser uma prática libertina por ter como seu princípio central uma lógica hierárquica e litúrgica. Ao meu ver, há uma grande dificuldade em assimilar a questão do libertino em sua própria origem.
Lembremos que o conceito da libertinagem, do libertino, pode ser marcado como pertencente ao século XIII, onde a revolução francesa propunha (e efetivamente fez) o rompimento não apenas com a aristocracia vigente mas com seus padrões morais, colocando, assim, essa missão contestatória como sua própria essência.
A leitura dos romances de Sade nos deixa clara essa opção em contextar, expor ao ridículo e ironizar da moralidade hipócrita que vigia, estatuindo que apenas com o rompimento da ordem vigente poderia emergir uma outra que permitisse uma emancipação (que não veio) dos grilhões que acompanharam a humanidade em sua história.
Nem é preciso dizer que essa é uma tarefa difícil até porque bem sabemos quais são os entraves e os preconceitos que sofremos enquantos BDSMistas nessa sociedade repleta de hipocrisia mas para sermos realmente revolucionários é absolutamente necessário estatuirmos tais transformações e , em seguida, defende-las aberta e francamente.
No entanto, nos apropriando de um ensino do Mahatma Gandhi, nada poderemos fazer , nada poderemos dizer de transformador se mantivermos em nosso meio, os mesmos elementos de exceção que a moral clássica faz, ou seja, um movimento que visaria desligitimar algumas manifestações claramente qualificáveis como BDSMistas e indivíduos cuja forma de conceber as práticas e os comportamentos sejam colocados em plano inferior ou não pertencerem "verdaeiramente" ao meio.
Como constumo dizer e repetir, e repetirei mais uma vez aqui, dizer entre "verdaeiro" e "falso" implica em dizer, claramente e sem discussões que tal coisa é a verdade e o que se excetua de tal princípio, é falso. Temos esse consenso? Acredito que não; é desejável esse consenso? Espero que não.
O que já temos, as linhas mestras, já são suficientes para abarcar uma série de práticas de forma legítima e construtiva para o bem do próprio meio. Porque romper essa possibilidade de manifestação que agrupa goreanos, sádicos, sensualistas, fetichistas e uma série de denominações importantíssimas em nossas práticas?
Porque simplesmente nos arrogarmos a guaridães da "pureza" do BDSM sendo que de tantas manifestações que surgiram ao longo do tempo e surgirão daqui para a frente estaremos condenando várias pessoas e grupos à um processo que, sem meias palavras, simplesmente é segregacionistas.
Acredito que , na verdade, para construir um processo de mudanças realmente visando a superação dos entraves que encontramos na nossa prática diária, existem tarefas que deveríamos eleger como prioritárias na minha visão e que comportam mais união do que divisão:

1. Reforçar os grupos que vêm a propor mudanças no CID-10 F65 no sentido de , a exemplo dos homossexuais , as práticas que estão contidas no BDSM sejam retiradas do código internacional de doenças deixando de ser considerados, portanto, "merecedores" de ser comparados , de modo nada abonador, com os pedófilos, só para dar um exemplo.
2. A legitimação de grupos e de opções individuais abertas ou liminarmente segregadas enquanto "falsos BDSMistas" sendo que esses grupos apenas propõem outro entendimento das práticas dentro dos princípios de Sanidade e Segurança tão necessários para que a nossa escravidão moderna seja ao menos tolerada.
3. O estabelecimento cada vez mais disseminado de grupos e foruns de discussão sobre elementos relevantes do BDSM com vistas a criar uma massa crítica que nos permita não apenas responder a ataques mas dar conta dos desafios no sentido de sermos considerados como praticantes de uma forma legítima de manifestação da sexualidade.

Acredito que o quanto mais conseguirmos superar os preconceitos que ainda acontecem no nosso meio em qualquer lugar, nos fortalecemos em nossas convicções e em nossos métodos, tão mais estaremos preparados para fazer essa mudança rápida e profunda na forma que a cultura e a sociedade nos vê e nos sente.
Quem sabe, um dia, poderemos contar que participamos de um movimento que mudou sim a história da vida humana, não coma a pretensão de um soberbo mas com a humildade de alguém que entendeu que toda a forma de amar (e o BDSM assim o é) é bela, válida e podermos nos irmanar com tantos que promoveram as mesmas lutas em seus respectivos setores em prol de um mundo onde cada um possa curtir, nas palavras de Caetano, "a dor e a delícia de ser quem se é".
Aí a tal "revolução" estará consumada . Por enquanto, ainda ensaiamos passoas tímidos no caminho.
Saudações BDSM.

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Apenas para Dommes / For Dommes only


Mad´am : Is not that true?
Senhora: Não é verdade?

"Homens são como animais... atrapalhados, insensíveis e potencialmente violentos.... mas podem ser grandes animais de estimação!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Uhuuuu!!!!!



Tá bom, tá bom! Senso de humor , tá gente??? Boa semana prá todos!!!
Be happy, everyone!!! Nice Week, everybody!!!

domingo, 6 de setembro de 2009

A educação dos sentidos - Parte 7- The education of the senses Part 7- Janus SW





(Dedicado a/Dedicated to: Andrasta Domme)

Talvez existam castigos que firam a carne e deixem marcas indeléveis no corpo. Quem se submete sabe, no entanto, que as verdadeiras marcas são aquelas que ficam por dentro, exatamente como agora que aleph experimenta duas sensações distintas e de dimensões diferentes.
A primeira , conhecida, a de ser castigado em si. Não podia esquecer a frase falada por sua Senhor antes de retirar-se , juntamente com a Domme, da masmorra onde encontrava-se atado:
- Quando aprenderá, aleph, que eu odeio ter de castigá-lo??
Vergonha, a maior das punições, principalmente frente à outra Dominadora a quem, com certeza, a Senhora desejava demonstrar a qualidade do treinamento que aplicava à si. Como pudera colocar tudo isso em dúvida por uma simples precipitação?
A segunda era ser abandonado daquela forma por ambas deixando-o na consciência de sua falta e da impossibilidade de perdão ou de reparar a ofensa. Tudo isso somava-se a ponto de fazê-lo desejar que sua carne fosse marcada mil vezes, com todas as suas consequências mas também com suas lições mais rápidas e marcantes.
Sentia o cheiro do cigarro que sua Senhora consumia e ansiava por Ela. Gostaria de gritar por sua presença mas cabia-lhe, dentro do que era, apenas esperar a vontade de sua Senhora e os minutos se sucederam até que ambas voltassem.
Coube a Domme (e reconhecera pela forma de venda-lo) retirar-lhe a luz do dia. Sons quase inexistentes senão o calma bater dos saltos das botas no piso da masmorra.
- Nunca bata sem antes aquecer, Domme. Faça conforme eu lhe disse.
- Sim....
O açoite de cordas veio de encontro à nádega de aleph em ritmo descompassado mas que logo foi sendo regular e preciso.
- Jogue com o pulso, isso... Muito bem, menina, muito bem!
Crescentemente o açoite provocava uma sensação de aquecimento, com o sangue fluindo para a superfície de suas nádegas, fazendo que, lenta e constantemente, a sensibilidde no lugar preferido para aplicação de castigos não fosse diminuída mas propiciasse um castigo mais intenso para o Dominante e mais proveitoso para o bottom.
- Olhe... Quando tiver experiência poderá fazer isso...
aleph sabia o que significava isso já que normalmente , a Senhora usava dois açoites no início de suas sessões de spanking. Habilmente, apenas com o concurso dos pulsos, girava-os em evoluções esteticamente belas, admirada com encanto pela Domme.
Nesse caso, não apenas suas nádegas eram atingidas mas as costas que também receberiam chicotadas pelo que percebia.
- Sinta, como está quente...
Sentiu a mão pequena e macia da Domme a verificar a temperatura de sua pele que já era ideal para o começo da sessão.
- aleph! Diga-me qual é a sensação. Descreva os cheiros e notas.
Colocava ao alcance do olfato de aleph a mesma fragrância que mostrara a ele quando da educação do seu sentido mas que ele esquecera ou que não tomara cuidado de sentir quando fora testado o que lhe causara essa punição.
- Amadeirado... com notas cítricas.
Mal acabara de falar o chicote estalou em suas nádegas de forma intensa a ponto de fazê-lo contorcer-se de dor e do inesperado já que estava vendado.
- Doce ilusão sua que compensará sua falta! Sabe disso, não é?
Acenou afirmativamente com a cabeça. Mais uma vez foi esbofeteado e logo a Senhora explicou que quando perguntava, a resposta deveria soar clara, ser pronunciada.
- Sim, Senhora! Sei disso...
Ela caminhou em direção a Domme e entregou o chicote de montaria. Aquele chicote lhe agradava porque uma dose adequada de dor e era fácil de manejar. Indicou-lhe as áreas mais adequadas para serem chicoteadas e tornou claro que não apenas o bater era o ideal mas sim provocar sensações adequadas, ou seja, lentas ao sentir, intensa ao produzir resultados, inesquecíveis.
Domme logo mostrou entender perfeitamente a lição que tivera: mesmo percebendo o perfeito aquecimentos das nádegas de aleph, dedicou largos minutos a percorrer as costas, dar-lhe a lingueta do chicote para lamber, uma brevíssima batida nas bochecas e a volta para o pescoço.

Ao atingir o flanco do lado direito, apercebida que encontrava um lugar adequado, vibrou-lhe a primeira chicotada de fato.Mesmo sentindo que a lingueta deslizava naquela direção e , recordando das lições da Senhora, surpreendeu-se com a batida inesperada e quase gritou o que teria sido desastroso para ele mesmo.

Chegando às nádegas, aí sim dedicou sua primeira e mais doída chicotada. Pudesse ver, notaria que aplicara uma força um tanto mais acentuada e nisso difereia-se um tanto de sua Senhora que adorava provacar dores de menor intensidade mas repetidamente e em diversos lugares do corpo o que, ao final da sessáo, parecia a aleph ter sido chicoteado mais do que efetivamente fora.
O chicote vibrava em suas carnes cuja coloração já aproximava-se de um arroxeado em algumas áreas. Deleitavam-se tanto a Domme como aleph que, desde a consciência da possibilidade de ter sua submissão acolhida, não dispensava o estalar do chicote mas , do fundo do coração, jamais daquela forma.
- aleph!
- Sim, minha Senhora.
- Eu quero ouvir a sua contagem e um agradecimento à Domme. Ela está colaborando comigo para sua reeducação e merece o reconhecimento por isso com o direito de castigá-lo e usá-lo sempre com minha autorização.
aleph concentrou-se e conseguiu, claramente, ouvir os movimentos do chcote, o seu sibilar no ar e o encontro com suas carnes. Refreou o grito, suspirou alto e disse conforme lhe fora ordenado:
- Um! Obrigado Sra. Domme
Se pudesse olhar para os olhos de Domme, veria uma mulher que finalmente dera vazão para seus mais íntimos desejos, sentia-se plena, renovada, com um mundo cheio de diiculdades, sim mas com grandes fatos e feitos.
- Dois! Obrigado Sra. Domme.
A Senhora apontava para Domme que subisse um pouco com o chicote e batesse na região dos omoplatas, em ambos os lados.
- Três! Obrigado, Sra. Domme.
Assim foi a Domme contornando o corpo de aleph, batida após batida, deixando marcado seu corpo, vermelhor em algumas partes, roxa em outras, em especial as nádegas. A contagem subia, dezoito, dezenove e finalmente vinte, isso quando a Senhora deu o sinal para que parasse o espancamento.
Sucedeu-se uma pequena masagem com óleo aromãtico para que fossem aliviadas as dores à partir de uma mistura de óleo mineral e cânfora. Nas áreas que assim requeriam, um pouco de gelo foi aplicado para aliviar as dores maiores.
No entanto, ainda não estava acabada a sessão. As mãos de aleph foram atatadas de forma a ficarem no meio das costas com as cordas passando por um elo na coleira e virando-o de frente para si, passou um cordão de maneira que tanto o escroto quanto o pênis fosse firmemente atados juntos. Sem excessos, isso provocava uma situação onde qualquer acréscimo de excitação provocava um misto de prazer e de dor que são incomparáveis.
- Sabe, cara Domme, esse menino safado jamais sofreu algo que tenho certeza que gostará de proporcionar à ele.
- Poderia saber o que é, Senhora?
- Claro que sim e ele também saberá. Melhor tirar a venda dos olhos dele.
- Permite, Senhora?
- Fique à vontade, cara Domme...
aleph sabia como deveria proceder nesses casos, abrindo os olhos progressivamente para que os olhos não doessem.
- Vire-se de costas, aleph.
O escravo pode ouvir que ao passar algo para Domme,a Senhora provocara algumas expressões de surpresa e de descrença se era aquela mesma a sua vontade. Reafirmada, ouviu a preparação da Domme, instruída pela sua Senhora.
- Vire-se, aleph!
Quando olhou para Domme, tremeu de sensações mistas de medo, vontade de afastar-se e desaparecer dos olhos de ambas mas a certeza que não tinha alternativa senão obedecer as vontades de sua Senhora. Temia pelo que iria acontecer e sentiu, pela primeira vez, uma vontade imensa de chorar mas conteve-se, afinal,a entrega absoluta tem esse nome exatamente por não ter limites.

The ofense that aleph made against his Mistress wouldn´t be forgot as it wasn´t. Taking advantage of the fact the one of Her missions were to introduce the Domme to the BDSM pratices, she taught Her to whip and aleph was wipped in many places of his body.
But something else was reserved to the stuborn slave. Something the made him feel, for the very first time, worried about what was supposed to happen but he also remminded , very soon, that he had no choice but to obey to his Mistress will.

(To be continued)

(Continua...)

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Suprima-me!!! (Janus SW)

(Dedicado à Senhora que há de vir)

-Só tenho existência quando não existo, não ocupo seu pensamento 24 horas por dia, quando silencio, quando não desejo, quando não gozo, quando não vivo, respiro ou como.
Frases soltas entre um homem e uma mulher, ânsias contrárias, dúvidas, desacertos, tentativas.
- Como isso, coisa tão contrária a tudo? Que coisa contraditória! Não compreendo!
Fácil sorrir e calar. Como que ensandecido eu respondesse de forma até certo ponto grotesca e insolentemente:
- Ainda não percebeu que viver para mim é uma união indissolúvel onde estar aos seus pés seja formarmos um só? Ainda não percebeu que só existo porque não basta ocupar o seu pensamento mas ser seu 24 horas por dia? Não reparou que tanto mais falo quando me manda calar e meus olhos brilham mais do que inúteis palavras? Não chega, sequer a perceber, que existo quando meuu gozo é substituído pelo seu, o único que interessa? Esqueceu, por acaso, que apenas vivo, respiro e como da mesma maneira da gata que deu cria , caçou o pássaro, deu de comer aos menores e então, fartos todos, banqueteia-se com os despojos? Assim sou eu, sem rebuços, sem penas e sem lamentações. Sou assim porque minha natureza me chama e eu apenas a ouvi depois de tantos anos. Parece-me, no entanto, que apenas você a quem chamaria de Sra. sem hesitações, não percebe. Eu sou a contraparte do gênero masculino e não sou mais másculo senão dessa forma.
Você se cala, olha, ri constrangida, espera que eu diga e explique mais algo mas nos somamos em silêncios cúmplices, acusadores, desprovidos de uma significância que a redima.
- É necessário o que para te fazer feliz? - diz, enfim, esperando que eu lhe dê uma resposta necessária mas que decidi prescindir por estar cansado de tentar fazê-la ver o que não consegue.
- Suprima-me. - digo, retirando-me da sala e deixando-a com um ar atônito e apatetado, ainda descrente de minha ousadia.
(FIM)

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cris (Joyce Mansour)




Je veux me monter nue à tes yeux chantants
Je veux que tu me voies criant de plaisir
Que mes membres pliés sous un poids trop lourd
Te pousse à des actes impies
Que les cheveux lisses de ma tête offerte
S´accrochent à tes ongles courbés de fureur
Que tu te tiennes debout aveugle et croyant
Regardant de haut mon corps déplumé

GRITO

Quero me mostrar nua aos teus olhos cantantes
Que me vejas gritando de prazer
Que meus membros dobrados sob um excesso de peso
Te levem a atos ímpios
Que os cabelos lisos de minha cabeça oferta
Se embaracem nas tuas unhas recurvas de furor
Que permaneças de pé enceguecido e crente
A contemplar lá de cima o meu corpo depenado

terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Eventualidade": aspectos das ditas "sessões avulsas" no BDSM - Janus SW

A questão da “eventualidade” em nosso meio tem gerado debates apaixonados e que nos permite avaliar que existem não apenas divergências mais algumas hierarquizações, se assim podemos chamar, de práticas que se realizam em um ambiente de uma relação D/s estável (se assim podemos chamar) e as nas quais sequer pode-se falar existir uma relação de dominação e submissão sequer digna desse nome.

Ao meu ver, devemos tomar cuidados redobrados ao mencionar as coisas nessa “elaboração” já que hierarquizar necessariamente implica, principalmente nas questões de julgamento de valor, uma norma ou uma concepção conhecida e reconhecida por todos e cuja condição de majoritária não apenas dita a forma “correta” de se fazer mas também afirmar-se, com convicção, que as coisas são “certas”, “erradas”, “melhores” , “piores”, “normais” ou “desviantes” entre as infinitas possibilidades de se classificar o que quer que seja.

Ao meu ver, nada mais absurdo para quem reclama de não ser aceito ou de ser considerado “desviante”. Portanto (acredito que muitos concordarão comigo) menos do que hierarquizar as práticas, torna-se absolutamente necessário a discussão dos riscos , dos ônus, daquilo que possa servir de alerta e mais, de referência.

Quando falamos em eventualidade, entenda-se que estamos falando das ditas sessões “avulsas”, ou seja, fora de um contexto de encoleiramento, negociação ou qualquer outra metodologia aceita por quaisquer das correntes do meio.

Como já me referi e é conveniente analisar aqui, não se pode dizer, de forma alguma que Top e bottom, nessa condição eventual, estabeleçam uma relação D/s e isso deve ficar claro como espera-se já ser.

Relembremos alguns artigos anteriores onde discutimos que o D/s só aparece quando o desejo de tomar, dominar, ter, encontra uma contraparte no desejo de servir, ser de, possuir a, referindo aqui a legitimação de parte a parte que se constrói , forçosamente com a convivência que, por sua vez, gera conhecimento mútuo gerando o que ao meu ver é fundamental, a legitimação.

Bom que se diga, também, que legitimação nada tem a ver com consenso (podendo, eventualmente derivar dele) mas que tem mais a ver com o reconhecimento no outro das qualidades desejáveis para que a convivência se faça agradável e prazerosa para ambos.

Encantar-se com um Top ou um bottom de forma alguma garante essa legitimação, apenas faz despertar o interesse por sentir o que só nossas práticas propiciam e isso pode oferecer várias vantagens assim como algumas desvantagens que só o encantamento provoca e que podemos discutir (ou não) mais tarde ou em outra ocasião.

De encantar-se a procurar a “ação”, “o calor”, o prazer que só o BDSM provoca são outras 500 chicotadas. Nisso, concordo amplamente com alguns amigos que estavam na Nação BDSM, especialmente o Senhor Lestat e sua menina rianah, quando eles levantam questões de ordem prática da maior importância, principalmente referentes à segurança que, ao menos deseja-se, seja uma preocupação de todos que “desceram para o play”.

Possíveis riscos de acidentes são facilmente imagináveis, vez que pouco ou nada se conhece do “parceiro” e não se tem experiência no “manejo” de situações e do próprio bottom em sessão. Como a menina ou menino reage ao spanking? Quais são as áreas mais sensíveis ao espaçamento? Existe alguma peculiaridade no bottom a ponto de termos de evitar a prática ou determinado “aspecto” que será executado?

Outro exemplo que é relevante e que não implica em corporeidade. Muitos (dentre os quais eu me encontro) adora humilhar. Ótimo, o chicote não canta, a carne não marca e lá vai mas e aí? São evitados os danos? De forma alguma e muito pelo contrário!!!! Quem não convive não tem condição alguma de avaliar se abordar algum tema durante o processo de humilhação pode provocar reações não apenas indesejáveis como também danosas ao bottom e , porque não dizer, também aos Tops.

E que não se iludam os que pensam que apenas uma boa conversa seja suficiente para dar conta da criação de um ambiente adequado para as práticas, afinal , e sem acusar ninguém, qual é a extensão das conversas? Além da profundidade, não há um roteiro ou lista de conferência o que garante que você perguntou tudo o que deve e que também teve tempo de pesar as respostas e dar o devido peso ao que se disse? Pouco provável tal estágio seja alcançado em pouco tempo de conversa.

No limite, pode haver uma grande e perversa construção de uma “imagem” que necessariamente não condiz com o que se realmente é, ainda mais sabendo-se que há um grande “jogo de sedução” rolando solto e que (legitimamente) quer se criar uma imagem que chame a atenção do “bottom” ao “Top” e vice-versa ou, ainda, não necessariamente na mesma ordem.

Portanto, BDSMistas, nada de ir com sede ao pote! Se a vontade é demasiada, uma sugestão de Janus: restringir-se o número e o impacto das práticas. Ao invés de usar aquele chicote australiano que você habilmente usa, que tal trocar por uma chibata que se não faz o mesmo efeito, pode demonstrar ao bottom que a brincadeira pode não ser exatamente a que ele espera? Porque não, com o devido cuidado, praticar coisas mais ligadas ao sensorial, ao sensual, do que propriamente ao hard e ao SM mais puro?

Talvez isso não conduza aos “píncaros” do prazer BDSM mas , com certeza, há garantia da próxima, da outra, de mais uma, até que construam uma intimidade e uma cumplicidade que permitam vôos maiores, mais seguros e mais compensadores.

Especial atenção deve ser dada com iniciantes no meio e aí quero problematizar um pouco mais. Evidentemente, e é desnecessário repetir, a segurança deve ocupar um lugar de honra (ou melhor O lugar de honra) na galeria TOP 2 das preocupações dos Tops.

Para iniciantes, todavia, há um risco adicional, o de não entender ou de se ficar com uma visão distorcida do que seja a própria essência do BDSM. Isso pode implicar em mais um atraso no desenvolvimento tanto dos Tops como dos bottoms, cada um em seu grau de importância e intensidade. O bottom pode pensar que tudo é uma droga e que não quer mais seguir e o Top, cuidado, pode pensar que está “liberado” o que rolar. Nada disso “boys and girls”!

Nesse ponto, seria a questão de não recomendar as sessões avulsas? Olha, sinceramente, no começo talvez sim e coloco talvez por cada um saber onde lhe pisa o calo. Que tal trocar idéias, ir para a masmorra mas apenas observar , enfim, ter mais clareza daquilo que se quer (inclusive se você se sente bem e a fim dessa sua função) para melhor aproveitar.

Quando começar a desfrutar, desfrute com calma, paciência, sinceridade, principalmente essa, para que comece a se criar a intimidade e daí a legitimidade, donde virá a relação D/s. Acredito não dever-se subestimar esse fator, ainda tendo em vista que permitir e permitir-se várias coisas é de um risco e responsabilidade imensas.

Além do mais , infelizmente, como já abordaram La Femme e lilica em seus blogs, há a questão do psicopata, esse ser de difícil identificação mas que deve deixar-nos em alerta para os menores indícios.

Para terminar não alongar-me mais na discussão, abrindo espaço para os que desejam manifestar-se, a sessão avulsa deve ser alvo de uma cuidada e importante reflexão acerca de sua conveniência, de seus ônus e seus bônus e a consciência de que as oportunidades surgem e surgirão para aqueles que realmente buscam.

Como já disse, não quero julgar, apenas expor. Aos que desejam experimentar a emoção de servir alguém, mirem-se no exemplo dos prudentes , aqueles que bem viveram o mundo e também o BDSM e boa sessão. Até porque o que importa , no fim das contas, é o prazer mútuo.

Saudações BDSM.


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