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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Discoteca Básica de Janus: The Nile Song (Pink Floyd) - Da trilha sonora do filme "More"




I was standing by the Nile
When I saw the lady smile
I would take her out for a while
For a while
Oh, my tears wept like a child
How her golden hair was blowing wild
Then she spread her wings to fly
For to fly
Soaring high above the breezes
Going always where she pleases
She will make it to the islands in the sun
I will follow in her shadow
As I watch her from my window
One day I will catch her eye
She is calling from the deep
Summoning my soul to endless sleep
She is bound to drag me down
Drag me down

Cinco perguntas para Bela (Dominna)




Poucas pessoas do mundo S&M são tão conhecidas como a Bela do Dominna. Através do Formspring ela respondeu algumas perguntas que reproduzo aqui.

1.Bela, boa tarde! Gostaria que vc fizesse um pequeno retrospecto de como via o "meio" quando começou, as pessoas,as práticas, a forma de se pensar o BDSM e o que ocorre hoje? Vc não acha que muito do BDSM virou moda? Isso é bom?

Se virou moda foi antes de eu entrar no BDSM e isso lá vão 11 anos. Desde que me conheço o SM tem uma abertura na mídia muito boa.. Lembra-se da Madonna? Pois é.. Ela apareceu no Fantástico mesmo antes de eu me saber SM. Vi pelo canto dos olhos na sala repleta de gente da família aquela loira poderosa segurar um chicote. A diferença é que as pessoas que antes estudavam mais agora chegam na Comunidade, se intitulam Mestres e Rainhas e dizem que sabem tudo.. Até bater errado, pegar um nervo com agulha, fazer uma amarração no pescoço e por aí vai. Gostaria que as pessoas lessem mais, estudassem mais e parassem de dizer que sabem sem que tenham a humildade de perguntar as duvidas.

2.Vc acha que há alguma diferença do BDSM praticado em SP e em outros lugares do Brasil?

Só posso dizer pelo que vi. Eu vi pessoas maravilhosas vindo ao Dominna e participando conosco em um nível excelente. Se fora não é isso que acontece, ao menos aqui o pessoal mostrou seu melhor. Viajei ao Rio de Janeiro, à Brasilia, Litoral e interior de SP. Todos estes locais são nota 10.

3. Vc tem contato com Clubes similares ao Dominna fora do Brasil? Como vc os compara? Quais as principais diferenças?

Não tenho. Infelizmente a língua é um limite para mim. Mas sei que o Dominna é muito conhecido lá fora.. Inclusive fomos citados pela TV Playboy como uma das 10 melhores casas de SM do Mundo. Individualmente já recebemos pessoas do Japãp, Argentina, de toda a Europa entre outros.. que vieram exclusivamente prá conhecer a casa. Isso me enche de orgulho.

4. Uma das coisas que me impressionaram muito em vc é seu olhar e espontaneidade. O olhar é importante de que forma para vc?

Eu sou uma pessoa sem frescuras.. Sou simples. Não preciso de muitas peças de roupas para me sentir Domme.. Quando eu estou no Dungeon com meus escravos.. tudo isso acaba e naquele momento o olhar é minha principal arma.. Tanto para dizer o que sinto, quando para ler todos os movimentos de quem domino. Meu olhar serve prá isso.. Mas pode servir prá seduzir também.. É um olhar doce e conquistador.

5. Na sua visão, pq o switcher às vezes é visto com tanta desconfiança?

Eu acho que não só o switcher, mas todas as pessoas que não tem posturas são vistas com desconfiança. Eu conquistei à duras penas o respeito em ser switcher. Conheci muitos bastidores de Mestress e Rainhas que mascaram uma postura sendo que gostam do sadomasoquismo em todas as suas nuances. O que me incomoda são as pessoas que criticam sendo que elas mesmas o são nos bastidores.. Isto é triste. Eu assumo ser switcher e me orgulho muito disso. Sou uma pessoa verdadeira e não preciso mentir prá ninguém.
(Foto: arquivo pessoal da entrevistada)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Manual para a minha sub










"Se vc fosse escrever um pequeno manual para sua sub,quais seriam as regras básicas e indispensáveis?" Diana
Abri um "formspring" para que as pessoas colocassem suas perguntas, aquelas que a gente sempre tenta perguntar e nunca consegue e dentre elas, minha querida Diana fez essa pergunta bastante interessante e gostaria de expandir um pouco as considerações que fiz lá naquele espaço que continua aberto à pergunta de todos.
Primeiramente, devo reconhecer que fazer um manual de regras é ter uma visão completa do que se quer o que é muito complicado quando se refere a relações. Obviamente, há um contexto ditado pela liturgia, esse elemento constituinte do BDSM, seu eixo norteador, sua caracterização mas, obviamente, que não esgota a "questão".

As regra ditadas pela liturgia são básicas, estão extremamente acessíveis e astharoth, com menos experiência já domina seus princípios básicos. Fico pensando como ir além, como dar conta dessa dinâmica, dessa construção coletiva e gerar "regras" gerais que possam ser usadas por minha menina e eventualmente por outros que se beneficiem do meu conhecimento que compartilho com vocês e seguir aprendendo com as respostas que vocês postarem?
Tem coisas que até parecem lugares comuns mas tornam-se fundamentais ao menos na minha ótica. Vamos ao "Manual":


1. Seja honesto(a) com seu Dono(a)
Em uma sociedade onde ne sempre a verdade foi um requisito essencial, onde falar o que se pensa faz com que você perca mais do que ganhe chega a ser uma proposta ousada pedir para alguém, em posição de submissão, seja honesto(a) com o dominante, uma vez que nem sempre é permitido ao bottom expressar-se como seria necessário.
Primeiramente e mais importante: qual relação queremos construir? Uma submissão baseada na dominação tirânica, sufocante ou em alg0 mutuamente construído, legitimado, acolhido e bem vivido? Particularmente, fiz opção pela segunda e, confesso, que é mais difícil dar conta de uma relação que opõe o "só eu falo" com o "meu(minha) sub fala, eu escuto e decido". Isso significa, na visão de muitos, abrir mão de uma parcela do poder do dominante.

Sou o primeiro a dizer que talvez seja mesmo ou , então, poderia (deveria) argumentar que o direito de decidir nunca saiu das mão do Top mas enriqueceu-se por elementos e considerações vindas do bottom em interação, nunca em superposição.

Não seria eu quem diria que a vontade do bottom deve sobrepor-se ao do Top mas sou o primeiro a dizer que não ouvir o bottom pode significar não ter o domínio legitimado, a sujeição que provoca o prazer e, portanto, tirando casos de dependência extrema, conduzir à devoluções de coleira.
Ser honesto, na perspectiva do sub, deve ser o momento de expressão respeitosa de seus anseios, dúvidas e temores, de uma demonstração que o bem estar do Top nunca deixou de ser um dos objetivos do(a) sub e a confiança é um elemento fundamental nas relações.

2. Lealdade, requisito indispensável

Ser leal não é deixar de discordar, não deixar de expressar suas opiniões, sempre no foro e com o respeito necessário mas é ter em conta que honra, esse elemento fundamental e tão fora de moda, é uma tônica nos relacionamentos e nesse em especial.
Ser honrado é uma distinção a ser perseguida incensantemente e, muito mais do que manter o bom conceito junto ao público, é ter clareza de que se fez todo o possível para manter-se alto o nível e a auto-estima que provém da consciência do dever (bem) cumprido , de poder manter a cabeça alta (mesmo para um sub) em face de qualquer pessoa ou grupo, sempre merecendo a reputação que apenas os melhores podem ter.


3. Convicção do que se é não se confunde com arrogância
A convicção do que se é, de suas falhas mas substancialmente de suas virtudes, não significa, necessariamente, uma postura arrogante. A certeza daquilo que se é só passa a ser arrogância no momento em que se sente que ninguém pode ser mais valoroso do que nós mesmos e que somos a definição mais acaba de perfeição. Fala sério!
Qual é a pessoa que racionalmente e com honestidade consigo mesma em algum momento de sua vida? Da mesma forma que não há problema algum, também é muito bom saber-se um aprendiz e falível em muita coisa, fazendo-nos pensar e repensar muito a nossa prática e, principalmente, os nossos valores.
Isso vale tanto para bottoms como para Tops sabendo-se da consequência dos atos e estando pronto para arcar com o preço de nossas decisões.

4. Ninguém é obrigado a fazer o que ameace sua integridade física e mental
Será que isso vai criar polêmica? Gostaria de imaginar que não mas tenho certeza que sim, haverá polêmica. Lealdade será sempre uma via de duas mãos: sim, o bottom sempre terá de ser leal ao seu Dono(a) assim como encontrar no Top a recíproca.
Haverá alguma diferença entre a crueldade pura e simples e o desinteresse do Top por seu bottom? O que isso significa? Qual resultado se obtém? Onde o próprio bottom chega com isso?
Acredito que o grande mérito da escravidão moderna praticada dentro do BDSM é incluir a possibilidade de se ter em conta a dimensão humana do bottom, sua história de vida, seus conceitos e princípios de vida que, longe de limitarem a ação do Top, oferecem uma linha segura de ação que preservará não apenas sua legitimidade enquanto detentor do poder mas também o torna uma pessoa respeitada para seu bottom e para o meio onde vive.

5. BDSM não é uma democracia
Muitas pessoas, especialmente bottoms, têm a tendência de esquecer-se um fato muito simples, o de que ao contrário de nossa sociedade, o BDSM não é uma democracia onde todos têm voz com a mesmo "valor" , ao contrário , é uma estrutura hierarquizada e colocada nos termos "eu mando, você obedece". Simples assim.
Isso não significa que o Top não deva ouvir seu bottom e como dissemos no tópico anterior isso torna-se um fator de grande utilidade para quem decide mas aí entra algo que eu costumo chamar de "poder do príncipe" (maquiavélico assim mesmo), o direito e até mesmo o dever de dar a última palavra, o que decide.
Respeitosamente, o bottom pode e deve encaminhar ao seu Top as suas questões e demandas (conquanto tenha permissão para fazê-lo) mas deve entender que o direito de voz que é dado não implica, necessariamente, em acatamento.
Se o que não foi acatado é essencial para a continuidade do serviço a única solução é a devolução da coleira que é um recurso não apenas possível mas desejável já que do bom serviço decorre o bom conceito do bottom para sim mesmo (principalmente) e para o meio.

6. Ter postura, sempre.
O que é afinal um bottom de "postura"? Na minha visão a resposta tem duas variáveis: 1. a do bottom que sabe o seu papel e o vive de forma litúrgica e adequada aos princípios de seu Top e 2. sabe que desta postura decorrem seu bom conceito primeiramente frente ao seu Top , para si mesmo e , finalmente, para o meio onde exercita sua prática.
Isso passa por atitudes simples como pedir permissão para o Top para retirar-se , pelo motivo que seja, do lugar está até o relacionamento com outros dominantes e subs que estejam no mesmo espaço, entre milhares de outras possíveis variáveis.
Isso denota, como já disse, respeito consigo próprio e com seu Dono(a). Nada mais importante do que isso.

7. Discrição
Poderia não ter criado esse tópico já que está contido no sexto mas gostaria de dar um destaque especial à esse fator já que muitas vezes, da observação de Tops e bottoms decorre que muitos bottoms não adotam uma postura discreta.
Esclareça-se que com discrição não desejo falar da anulação da personalidade e das características mais espontâneas que elas podem conter. No entanto, reflitamos: como submisso(a), como subordinado(a) à um Top não seria conveniente uma postura discreta sem ser apagada, mantendo os princípios litúrgicos que norteiam o BDSM?
Se quiserem pensar em termos "baunilha", diríamos que ser discreto é, principalmente, um gesto de elegantemente seguir a etiqueta requerida em cada espaço. Tenho dezenas de exemplos de subs, homens e mulheres que impõe-se pela discrição, pela delicadeza e pelo tato no relacionamento público com seu Top, atraindo a admiração e o respeito dos que os cercam.

8. Cuide de sua saúde física e mental
Como switcher tive oportunidade de entender o quanto é necessário que estejamos com a saúde "em dia" tanto fisica como mentalmente. Servir é uma das atividades mais exigentes que eu conheço dentro do BDSM, principalmente pelo fato de exigir disponibilidade constante e imediata que , em tese, pode ocorrer a qualquer momento da noite ou do dia.
Poderíamos servir sem ter condições físicas para suportar as demandas sejam elas quais forem? É pouco provável e isso talvez seja tão frustrante ao bottom como ao Top.
Manter, portanto, as condições de saúde física e mental adequadas vêm em abono do próprio bottom e orgulho para seu Top evitando que esse último tenha preocupações excessivas com algo que poderia ser cuidado pela sua peça.

9. Obediência, Devoção, Lealdade
Sobre lealdade já tivemos oportunidade de conversar mas gostaria de ressaltar outros dois fatores que considero indispensáveis e importantes de serem firmados nesse artigo: obediência e devoção.
Obediência poderia falar por si mesma mas é bom que se ressalte não haver limites para a obediência devida a um Top por seu bottom. A palavra do Dono(a) é lei para o(a) sub, obviamente enquanto ele(a) se sinta respeitado(a) enquanto pessoa que é.
No fim da história, o resumo é simples: se tem alguma objeção à ordem dada, peça para ser ouvido(a) e, em sendo, apresente respeitosamente suas objeções com a consciência que pode ou não ser atendido.
Em não sendo ouvido ou não sendo atendido, ressalto, repito, reitero, em havendo qualquer ameça significativa à saúde física ou mental e essas condições perdurarem, a devolução da coleira não é só uma direito mas como um dever para si próprio e nenhum bottom deve hesitar em fazê-lo por mais doloroso que seja.
A devoção é uma condição essencial para que a submissão aconteça. A admiração é um fator essencial para colocar-se de joelhos, ao menos de forma voluntária como é no caso do BDSM. Fora da coação, da força, pessoalmente não consigo conceber nenhuma submissão duradoura que não seja baseada na forte percepção que o Top de fato o é, está acima de todos e acima do bottom, posição que lhe é conferida pela legitimação de seu domínio e pelo bottom não ter outra alternativa senão a irrestrita obediência.

10. Estude, troque idéias, pense e repense sua prática
Tirando alguns princípios básicos, raramente apresento algum objeção às disposições e atos de alguns Tops mas, particularmente, não sou contrário ao contato de minha sub com outras pessoas do meio, independentemente de sua posição, obviamente, sempre respeitosamente de lado a lado.
Leituras de artigos de boas fontes, pessoas com atuação no meio e de competência reconhecida são alimentos importantes para uma boa prática BDSM. A supervisão da leitura deve ser feita cuidadosamente pelo Top e os pontos de discordância e de conflito com as práticas eleitas devem ser esclarecidos e monitorados.


Bem, esses são alguns itens básicos e que me ocorrem nesse momento e que para mim norteiam uma prática BDSM intensa e prazerosa para todos. Quanto mais vivemos, mais aprendemos e a lista aumenta.... Logo faço a revisão!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A coleira de passeio de astharoth



Mais do que apenas uma coleira, um símbolo de ligação entre o Dono e sua servidora.
Composto pela cor que é símbolo imemorial de minha pessoa, concedido a quem de fato o merece.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Educação dos Sentidos - Final - The Education of the Senses - Epilogue

(Dedicado à Domme Andrasta)

Archotes direcionavam os convidados à festa de aniversário de Domme e ao encoleiramento de aleph no Templo. Aquele clima era mais adequado ao cerimonialismo que se esperava e que com certeza seria aplicado pelo rigor que a Senhora sempre aplicava e pelo qual era conhecida.
Poderia se dizer que, sem sombra alguma de dúvida, que as pessoas mais conhecidas e as melhor reputadas encontravam-se naquela localidade.
Desde o circunspecto Senhor C. e sua serva até a irriquieta e sempre animada Senhora M. com seus dois escravos. Ao dirigir-se à Domme e presenteá-la com invejável chicote de sua própria confecção, disse-lhe , sorrindo mas sem qualquer sombra de dúvida que não mentia:
- Jamais permitirei que você passe seu aniversário sem usar esse chicote que fiz especialmente para você sem usá-lo. Meu escravo j. se submeterá ao seu spanking tão logo queira.
Domme não sabia se agradecia ou se apenas calaria com um pequeno movimento de cabeça e foi isso que acabou acontecendo. Cuidou em recepcionar cada um dos convidados seus e da Senhora que tinha consciência que aquela noite pertencia à sua amiga apesar de que fosse especial também para ela.
aleph estava recolhido ao seu quarto esperando que um acólito de sua Dona viesse lhe chamar para a cerimônia. Por sua vez, vestindo uma roupa negra que compunha-se de uma capa em modelo medieval com uma roupa que cobria uma bota até a altura de seus joelhos.
Na mão, uma jóia feita por um joalheiro que também era do meio que era um "S" montado sobre uma plataforma e contendo cinco rubis pequenos. Era um anel ritualístico que apenas usava quando em sessão, um sinete de seu poder.
Os convidados chegavam sucessivamente até que a Senhora considerara a hora adequada para a cerimônia que antecederia a uma "play" previamente programada e que obedeceria uma rígida proibição de bebidas àqueles que pretendiam fazer cenas e essa vedação estava prevista até que as cenas acabassem podendo , em seguida, serem consumidas à vontade,entre as mais finas disponíveis.
- Atenção todos , Senhores, Senhoras e submissos.
A voz da Senhora, distinta entre os ruídos de conversa e celebrações, fez com que essas últimas cessassem e a atenção fosse toda destinada à ela.
- Fico muito feliz em tê-los aqui nesse nosso Templo, em uma noite tão especial por celebrarmos a vida de Domme e o encoleiramento de aleph. Fico feliz não apenas pela ocasião mas por seu significado, o de estarmos todos celebrando o nosso modo de vida, aquilo que nos faz mais pessoas dados os princípios que norteiam a nossa prática. Passaremos agora ao encoleiramento de aleph.
Cerimoniosamente, os acólitos derigiram-se à habitação de aleph de lá o trouxeram , precendo-no na entrada. Podia se ver que o futuro escravo de Senhora estava vetido em uma túnica púrpura com o símbolo de sua Senhora distintamente visível em dourado.
Caminhava lentamente em direção à sua Senhora que assentou-se no trono que lhe era de direito. C., que registrara o contrato, leu-o para testemunho de todos os presentes que atestavam o acontecido.
Lido o contrato, aleph colocou-se de joelhos frente à sua Senhora e beijou-lhe o anel cerimonial. Feito isso, foi trazido primeiramente à Senhora o contrato, o qual assinou e em seguida a aleph que também colocou sua assinatura.
A coleira de sessão feita em couro especialmente trazido para tal, foi entregue à Senhora por M. , o artesão de todos os apetrechos que pertencial à Dominadora. aleph colocou-se em posição para recebê-la e foi saudado por todos em volta.
Ao mesmo tempo, recebeu a sua coleira de passeio, aquela que portaria em todo e qualquer momento, uma peça marcante porém discreta , em prata, como o pingente da letra S, de sua Dona.
Não foi necessário muito mais para que lágrimas discretas lhe tomassem os olhos em símbolo de gratidão por aquele favor que alcançara, superando todos os problemas que enfrentara e com os quais soubera aprender que a dominação exercida pela Senhora não baseava-se no jogo bruto de bater e apanhar mas, de forma evidente, perceber que aquela mulher que se alteava à ele não apenas tinha o direito de impor-lhe castigos mas também de fazer-se maior pela simples existência.
À seguir ocorreu uma cerimônia da mais bela submissão: aleph , descalçando a bota de sua Senhora, lavou-a em água de rosas, cuidadosamente, como gesto de serviço e de submissão. Derramou levemente a água de rosas e fazer pequenas massagens nos pés da Senhora de forma a não apenas perfumá-lo mas de prover um relaxamento bem vindo ante a cerimônia formal e que imprimia a todos um sentimento de sobriedade beirando a tensão.
Depois de bem perfumado e relaxado, os pés da Senhora foram enxutos em uma toalha de linho egípcio alvíssimo e foram calçados novamente por aleph, secundado pelos acólitos que assistiram ao submisso em sua tarefa.

Senhora também encontrava-se emocionada por ter talhado o seu submisso através das provas e por ter chegado á conclusão que não errara ao escolhê-lo entre vários que foram submetidos à sua apreciação.
Entendia também que as missões e os ensinamentos que já dera à aleph não eram nada mais, nada menos, do que o início do processo que se estenderia por toda a vida já que, como nada é estático na existência, também não era o aprendizado.
aleph tinha consciência, por sua vez , que inciava-se uma nova fase em sua vida, a de servir, um adicionamento à vida que levava e que dava um sentido e uma cor especiais à sua existência.
- Quero tornar públcio que aleph hoje tem, além da minha coleira, mais uma tarefa, a de fazer crônica detalhada de todos os acontecidos em sua vida de submisso e assim criar a crônica de meu reino. Que sua narrativa seja forjada com competência de escritor competente que é e com mais esse gesto, me honre hoje e sempre.
aleph apenas inclinou sua cabeça em assentimento e compromisso e foi convidado à sentar-se um degrau abaixo de sua Dona.
Domme, por sua vez, no transcorrer da noite, teve a experiência e o entendimento em saber que colocar alguém sob seus domínios era cuidar e respeitar aquela vida que se colocava aos seus pés.
Tendo participado de uma sessão de spanking com sua amiga que lhe emprestara o escravo, sabia, no íntimo que aquele gesto apenas era um prenúncio de uma necessidade de aprendizado, também dela, que parecia não ter fim.
A noite foi bela, as cenas arrebatadoras e todos, recolhidos aos seus leitos, refletiam cada um sobre as lições que todos aprenderam.
Uns, como a Senhora, reavivaram as lembranças de ensinamentos que receberam dos mais experientes e que agora tornavam-se evidentes por si. Outros, como aleph, tinham seus sentidos educados para ouvir, para ver, sentir e saborear cada um das elevadas práticas que lhe eram ensinadas e a Domme, por sua vez, aprendeu o valor da perseverança, do não acomodar-se e sequer desistir de quaisquer de suas intenções.
Cada um, por seu turno, buscando a realização do que lhes parecia e no que consistia ser o BDSM. Muito mais do que apenas um jogo erótico-afetivo, um meio de construção dos mais perfeitos caminhos da vida. Que assim fosse.
(Fim)

Pergunta que eu respondo! Questions? Questions! Answers? Answers!

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Perguntas para Janus / Questions to Janus

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Superando os medos (Jack Rinnella)

Existem duas razões pelas quais eu escrevo sobre medo com tanta frequência como faço. A primeira delas é porque essa questão tem um grande impacto em minha vida. Depois, por ser levantada com muita freqüência pelos novatos da “turma do couro” e pelos curiosos sobre nosso modo de vida.
É a paranóia sobre quem somos e o que fazemos que impede muitos daqueles que fantasiam sobre o SM de passarem do sonho para a realidade.
Não censuraria alguém por ter medo, já que ele faz parte, também, de minha experiência.
No entanto, é o medo que evita que exploremos, experimentemos e, no limite, possamos desfrutar de uma vida satisfatória no meio.Existem todos os tipos de medo: medo de rejeição, de falha, de exposição, injúria, discriminação, ostracismo e doença. Nos estágios iniciais de qualquer exploração SM, foi o medo do desconhecido que mais me afligia.
Felizmente medos podem ser superados e aqui vão algumas de minhas sugestões de como fazê-lo:

1. Informe-se

Comecei minha jornada no meio com a leitura de livros e revistas. Foi a palavra impressa que alimentou minha imaginação e guiou minhaexploração. Eu aconselho fortemente as pessoas a fazerem o mesmo.
Você vê, eu sou da opinião que precisamos começar devagar e racionalmente. Ler é fácil, não custa nada , não compromete ninguém, pode ser feito com privacidade e é prontamente disponível.
Sugiro uma mistura de ficção (para estimular a paixão) e não ficção (para dar uma base real e saudável sobre a qual construir). A ficção sozinha é perigosa e muitos acreditam que ela foi escrita apenas para entreter.
Uma vida autêntica e viável no meio não pode ser construída em “lições” encontradas em leituras. Histórias picantes são maravilhosas para se masturbar, desastrosas para estabelecer relacionamentos, aprender técnicas corretas e entender a dinâmica real do SM. Leitura acaba com a ignorância, lança luzes ao desconhecido e afasta o medo.

2. Mantenha um diário

Tenho uma crença muito forte na escrita. Escrever um diário ajudará a ouvir o próprio pensamento, a avaliar seus sentimentos e ter uma melhor avaliação do que realmente quer. Um diário permitirá que você lembre como se sentia, como as emoções mudaram, como aprendeu mais, asexperiências favoráveis e desfavoráveis, permitindo assim ter uma visão mais
clara de como realmente se sente.
A alguns anos atrás, estive insistentemente atrás de um escravo de Los Angeles. Apesar de um extenso período de correspondência e uma semana de bom sexo, ele não era capaz de afastar aquilo que chamava de “confusão”. Ele não podia decidir, disse, porque estava confuso.
O cara não era nenhum idiota: ele era um biólogo experiente e orgulhava-se da sua habilidade para usar o método científico. Onde ele falhava era em não usar o método científico na sua abordagem do SM.
Pergunte algo, formule uma hipótese e encontre um meio de testá-la. Analise os resultados para ver se sua hipótese está correta e modifique a questão, a hipótese e experimente até que tenha uma resposta satisfatória. Modifique a questão, as hipóteses ou um experimento até que obtenha uma resposta satisfatória. Cientistas mantém registros de seus experimentos e, para o SM, recomendo a mesma abordagem.

3. Encontre um mentor/guia/conselheiro

Essa etapa destina-se a trazê-lo novamente à realidade. Alguém com experiência no SM o ajudará a evitar os erros que eles próprios fizeram. Não é um método isento de falhas, aliás elas sempre acontecerão, mas fará sua vida mais fácil.
Note que eu não disse “encontre um parceiro”. Apesar de aprendermos muito com nossos parceiros de sexo, ter um mentor nos ajuda a ter conselhos de quem não tem um envolvimento emocional ou físico ou uminteresse sexual no resultado.
Tenho uma suspeita especial com os auto-proclamados peritos que usamsua experiência para ter quem ou o que querem na cama. Isso não quer dizer que você deva evitar sexo com alguém mais experiente, mas tenha clareza do que está fazendo e o que isso significa para você.
Além do mais, aprendi muito do que eu sei com meus parceiros.
Felizmente, eram parceiros que entendiam em qual estágio de conhecimento eu estava e que
não me impuseram a necessidade de comprometimento, de serviço ou de compensação.

4. Faça passos pequenos

Parece prevalecer a idéia que o SM é um evento de “tudo ou nada”, no qual ir a um bar SM, ter sua primeira cena ou comprar a primeira vestimenta é um comprometimento irreversível. Outro ponto de vista errôneo é que se você for uma pessoa do meio em “tempo parcial” ou a “meio caminho” não estará apto a entender o estilo de vida. Nada pode pode ser mais distante da verdade.
Quando eu digo que a vasta maioria de nós tem uma vida comum e não relacionada ao meio, eu digo que isso se aplica à maioria e não a todos de nós. Mesmo os mais fanáticos sobre a matéria, onde eu mesmo me incluo, faz muitas coisas de dia a dia, normais e regulares.
Nisso, uma pessoa do meio não é diferente de um ávido golfista, um colecionador de selos ou um amante de ópera.

5. Não decida nada. Não faça promessas.

Uma grande parte do meio vem da incerteza do futuro. Não fazer promessas significa que não há nada irreversível sobre o processo de aprendizado. Quero dizer que está bem você apenas ver, tentar as coisas em sua própria velocidade e experimentar sem desistir.
No longo prazo, é claro, você vai querer entrar ou sair. O que estou dizendo é que você não faça esse compromisso no início da curva de aprendizagem, mas só depois de ter aprendido o suficiente para tomar uma decisão inteligente e bem informada.

6. Ouça seus sentimentos e os entenda

Os BDSMistas mais felizes sabem e conhecem a si mesmos, mas isso se aplica a qualquer um que seja feliz, não é verdade?
Quem entra no meio geralmente começa por conta do desejo e da curiosidade e, por isso, convido-os a seguí-los de forma cautelosa e sempre em contato com a realidade.
À medida que seus conhecimentos desse estilo de vida avançarem, você naturalmente irá aprender mais sobre si mesmo, do que gosta de fazer ou não, do que te excita ou não.
Muitas emoções, medos e dúvidas acontecerão e serão superadas e, nessa jornada, é importante entender o porquê deles aparecerem.
Mesmo não querendo fazer muito alarde sobre introspecção, acredito que ela possa ser útil, especialmente quando dirigida por um orientador competente.
A capacidade de fazer uma retrospectiva pode ajudar a ver como você chegou e o que deve ser encorajado ou evitado. Depois disso, mesmo um evento “ruim” pode ter um significado muito forte enquanto aprendizado que nos guia a eventos realmente bons.
Portanto, respire fundo, relaxe e experimente um dia de cada vez. As mudanças são inevitáveis, o futuro não pode ser parado aquilo 1ue você teme pode não acontecer.

Copyright (C) 1999 Jack Rinella. Usado com a permissão do autor.
Tradução: Janus
Revisão: astharoth de Janus
Text in English: http://albanypowerexchange.com/Lifestyle/overcoming_fears.htm

I come.com



(Miss Kittin)


This is a new wildlife form speaking through a wireless microphone
I am titanium babe addicted child of your wireless internet.

I am a creation of your musical progress of technology.
The ancient net-world is gone. You say it’s gone. Shit.

Fingertips sticked on the keys I engage a new virtual touch of sensuality.
Blue eyes on the digital screen I experiment a top secret optical system of visual excitement.
I see.com I see.com

On my walls, projection of subliminal messages to increase
a new era of female interactive intuition.
And life is a data gas I breathe wireless.
You are the creator of my inner life network soundtrack.
I com.com.
I com.com.