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sábado, 12 de setembro de 2009

A educação dos Sentidos - Parte 8 - The education of the senses - Part 8 (Janus SW)

(English abstract in the end of the text)

Para:/To: Andrasta Domme

Os olhares de aleph e sua Senhora comunicaram-se quase que imediatamente e o que ele pode sentir foi uma mensagem que era conflitante com castigo, com a dor que inevitavelmente sentiria. Ela apenas aproximou-se e começou a acariciá-lo sutilmente, com uma mensagem subliminar de que confiasse.

- Não encare isso como punição, aleph. A punição já se foi com o spanking já que a punição deve ser proporcional à ofensa. Agora permita-se ser dominado de uma forma a qual jamais foi submetico.

No entanto, a Senhora percebeu que a dúvida e a angústia não desaparecera dos olhos de aleph e logo entendeu o porquê.

- Pensava que você não estivesse submetido à esse pensamento linear, aleph. Será que me enganei quando pensei que um espírito livre estava portando minha coleira?

- Não, Senhora. A Senhora não se enganou. Apenas temo pela imagem que ficará de mim para a Senhora.

- aleph, aleph.... - disse a Senhora com doçura – O que é ilícito acontecer entre um homem e uma mulher livres? O que é ilícito à um servidor fazer para atender os desejos de sua Senhora? Aleph... quando decidiu servir-me nasceu um novo homem, obediente mas liberto e liberto exatamente por ter disciplina e por ter espírito de servir. E também sabe que está livre para ir quando quiser, bastando devolver a coleira que lhe foi confiada para honrar. ? isso o que quer aleph?

- Não, Senhora. Serví-la da forma que a Senhora desejar é a única coisa que desejo para minha vida, agora, amanhã e enquanto a Senhora desejar ter-me sobre Seu domínio. Não poderia aprender mais senão em Sua presença e eu agradeço as lições que tem dado a mim, Senhora.

Domme assistia aquela cena com atenção e aprendendo a lição mais importante de alguém que pretendia dominar: o respeito,a responsabilidade e consideração com o servidor que colocava sob seu domínio.

Desde que a Senhora lhe propusera, para sua educação e a de aleph, que fizessem o forte ato da inversão, questionara-se qual seria o impacto para si mesma e para aleph. Duas questões se colocavam ali: primeiramente que sendo a experiência inicial, todo o valor que se daria a tal prática dependia da qualidade de primeira vez. Aprendera isso consigo mesma e da primeira vez que um homem tocara-lhe o corpo com vistas ao sexo: a experiência com um homem valoroso a libertou de todos seus medos e tornou-a livre para abraçar , no futuro, sua condição de dominadora.

Depois, pensara em como aleph encararia a própria questão da prática confrontada com o conceito de sua masculinidade que era muito comumente colocada em questão em práticas como essa. Ecantara-se com a breve lição que a Senhora dera, afinal, sempre crera que tudo o que era feito entre um homem e uma mulher era desprovido de tais preocupações e mesmo porque masculinidade é um conceito que deveria extrapolar a esfera sexual e instilar-se pela vida de um homem como um todo.

Conseguia visualizar a tensão no corpo de aleph e como essa tensão aliviara-se quando das palavras da Senhora. Agora , relaxado, estava ajoelhado ante a Domme que não ousava movimentar um músculo dada a intensidade da cena e do momento que se desenrolava.

- aleph, entenda isso – disse-lhe a Senhora. - Domme porta dois símbolos de poder que sempre foram associados a vocês homens, o falo e as botas, a materialização do poder e da força. Nesse momento, ela é dominante de fato e simbolicamente. Tribute-lhe suas reverências.

Bem sabendo o que isso significava, abaixou-se e beijou as botas da Domme e sob o comando de sua Senhora, lambeu-as assim como as solas que foram oferecidas, subindo pelo cano até uma determinada altura onde foi comandado a parar.

Logo que terminou com o ritual na bota esquerda (começara pela direita) foi tomado pelos cabelos pela Senhora e teve sua boca dirigida para aquele falo que esperava rígido, em permanente estado de prontidão.

  • Abra a boca, aleph!

Imediatamente atendeu à ordem, abrindo a boca o máximo que podia sendo dirigido para o consolo que foi enfiado em sua boca lenta mas incessantemente até que batesse no fundo de sua garganta e provocasse um espasmo que molhou de saliva o instrumento.

  • Chupe! - comandou a Senhora.

Dedicou-se lentamente á sucção do falo o que provocou um suspiro de satisfação na Domme ao ver aquele homem, másculo e belo, subjugado e tributando reverência ao seu símbolo de poder. Era sutilmente amparado pela sua Senhora que o afagava e reduzia com esse simples gesto toda a tensão que tomava o corpo e a mente de aleph.

- Deite-se, aleph! - ordenou Domme para a surpresa da Senhora que não esperava que sua pupila estivesse tão excitada com a situação a ponto de perder o ritmo respiratório que mantinha mesmo nos momentos mais tensos ou mais excitantes das etapas que atravessaram.

Aleph dirigiu um olhar inquiridor à sua Senhora como que confirmando a ordem recebida. Ante o olhar de aprovação de sua Senhora, deitou-se, barriga para baixo e Domme colocou suas botas pretas sobre a cabeça de aleph.

- Senhora, permita-me dizer que pela concessão do domínio de aleph me ensinou muito mais do que aprendi com muitos que tentaram me ensinar a arte do BDSM. Em respeito á isso, Senhora, pergunto-lhe se convém ir além nesse momento e consumar a posse de aleph. Sou grata a ambos pelo que fizeram e não desejo que nada abale o casal que formam.

A Senhora emocionou-se com a atitude respeitosa e que demonstrava tanto cuidado com uma peça que lhe era cedida para o prazer mútuo e , principalmente, para a educação dos sentidos de aleph e sua qualificação como o sub que a Senhora desejava.

- Cara Dome, amiga de tanto tempo, sinceramente, apesar de eu esperar grandes gestos de sua parte, esse mostrou-me que com o tempo terá totais condições de ser uma excelente dominadora. Se lhe falta técnica, não lhe falta o sentido de cuidado que todos os Tops deveriam ter. Não se trata de bom senso, essa coisa que não tem rosto mas sim uma indiscutível preocupação com a concretude do bem estar e da segurança de quem a serve mesmo que temporariamente. Não se preocupe, caríssima, prossiga. Aleph aprenderá o que precisa aprender.

Domme, com a cabeça, reverenciou a Senhora em gratidão. Ato contínuo, sem tirar o pé da cabeça de aleph, disse em voz baixa e tranquila:

- Não tenha preocupação com nada, aleph. Estarei cuidando de você como cuido das pessoas que mais amo. Tranquilize-se e tudo ficará muito mais fácil.

Dito isso, liberou-o de sua bota e puxando pela coleira o colocou de quatro na cama. Um tubo de óleo estava estrategicamente guardado sobre o criado mudo de forma que tomando-o, começou a praticamente regar as nádegas, o ânus e também o saco escrotal de aleph o qual massageou levemente como que para provocar um certo relaxamento.

Colocou uma luva de procedimento na mão direita e começou a massagear o ânus e lubrificá-lo mais profundamente com óleo. Aleph gemia baixinho, proporcionalmente á dor que lhe infligia a Domme ao disvirginar , inicialmente com o dedo, aquele ânus intocado até então. Sentia a pressão em seus dedos que deslizavam lentamente e assim deslizou o segundo, provocando uma tensão que apenas fazia aumentar a dor.

- Relaxe, aleph... - pediu mais do que comandou a Senhora – Com isso reduzirá e muito a dor. Confie em sua Dona.

- Sim, Senhora.

Domme lubrificou o consolo que trazia na cintura e muito sutilmente empurrou o quadril de forma a provocar o início da penetração. Imediatamente aleph contraiu-se, fechou o rosto e foi acariciado pela Senhora para que readquirisse a confiança e novamente destensionasse sua musculatura.

Orientada pela Senhora que estava ajoelhada na frente de aleph com a cabeça dele em seu colo, orientou progressivamente a penetração e também, sempre que possível intensificava a lubrificação para que doesse o menos possível.

Seguiram-se mais alguns centímetros e aleph sentia suas carnes abrindo-se ao contato daquele material úmido de óleo e rígido o suficiente para provocar-lhe sensações tão intensas de invasão, de violação na verdade, como se tudo o que era enquanto homem fosse oferecido naquele momento.

Tentava em vão conter ao dor, fazer-se forte mas não era possível e não foi até que sentisse que aquele instrumento havia invadido até ser contido por um gesto de sua Senhora e que disse para Domme movimentar os quadris de forma que provocasse o mesmo movimento de uma penetração feita por um homem.

- Meu belo escravo, meu grande homem... - repetia a Senhora no ouvido de aleph que foi deixando-se levar por todas as sensações que consistiam dar aquilo que era tido como a essência da masculinidade nas mãos daquela que, ao menos naquele instante, tornava-se posse de Domme por concessão de sua Senhora.

De onde estava, por sua vez, a Dona de aleph observava o instrumento a entrar e sair lentamente do ânus de seu menino e foi com o incentivo constante que observava não apenas o relaxamento mas um certo grau de prazer de seu submisso.. Segurou-lhe pelos cabelos , dirigiu o olhar de aleph ao seu e conseguia notar que, envolto em névoa de sentimentos e sensações, delirava. O que mais lhe despertava o desejo? Aquele instrumento? A respiração da Senhora? O tesão que Domme mal conseguia esconder em ser uma mulher poderosa na essência do simbolismo? Não ousava querer saber, não lhe interessava e na verdade, tudo o que queria era ter seu submisso e sua pupila educados em suas respectivas esferas e papéis.

Os minutos seguiam-se e Domme já alternava penetrações e retiradas mais rápidas e mais lentas do consolo o que fez aleph delirar em prazer indescritível.

- Isso, aleph! Mostre para Domme quanto prazer eu sinto que tem. Vamos, mostre!

Aleph liberou os gemidos retidos em sua garganta e em seu espírito e perdia o controle de todas as sensações que exprimentava, afinal, era um novo homem submetido às duas mulheres poderosas e dominantes que o cercavam.

Jã não deseja mais o fim, ao contrário, deseja ser verdadeiramente estuprado com uma certa violência mas com cuidado por aquela mulher. Não, não lhe cabia exigir nada, não cabia pedir nada, apenas receber o que lhe quisessem dar e na medida que fosse.

Com esses pensamentos na cabeça, o desejo que fluía em suas veias, não pode evitar uma ereção que não passara desapercebida à Senhora que ordenou praticamente que a Domme o penetrasse ainda mais, devolvendo-lhe a dor da nova porção explorada juntamente com o desejo que não lhe abandonava mais.

Domme estava suada e cada vez mais envolvida com aqueles movimentos de quadril e com a tensão e tesão daquilo que fazia. Como a Senhora pode pensar em algum momento abandonar aquele homem que se submetia de forma tão esplêndida? Arrependeu-se de seus pensamentos indevidos e fazia movimentos alternados de penetração e de retirada do falo de vigor inesgotável.

Tendo o ânus massageado assim como seu escroto que a Senhora voltara a lubrificar e acariciar, anunciou aos gritos o seu gozo que foi recolhido pela Senhora em suas mãos. Sentia os jatos de esperma que não paravam e , confessaria mais tarde, sentia um ciúme por seu menino ter um prazer tão grande com outra mulher.

Não deixou escapar quase nada do esperma que mal cabia em suas mãos.

- Pode tirar o cacete de dentro dele, Domme, lentamente.

Reparou a saída lenta do consolo e o alargamento do ânus de aleph depois dessa saída. Se tivesse feito um enema, mandaria aleph chupar aquele consolo mas fez com que Domme o amarrasse novamente, sem oportunidade de dar-lhe descanso.

- Puxe a cabeça dele para trás, Domme! - pediu.

Sem pronunciar uma palavra Domme fez exatamente o que lhe era pedido, puxando a cabeça de aleph para trás.

- Abra a boca, cachorro!

Aleph surpreendeu-se pelo tom de voz da Senhora e a acreditou enraivecida consigo, sem qualquer coisa que aparentemente pudesse motivar tal reprimenda. De fato, não era responsável pelas sensações de ciúme que a sua Dona sentia.

Ela , por sua vez, derramou todo o esperma que guardava na mão na boca de aleph e recomendou que não engolisse antes de limpar o restante que ficara em suas mãos. Depois disso, sorveu todo o líquido alcalino que lhe desceu pela garganta.

Foi desamarrado pela Senhora, amparado, antes que a Domme, já sem o acessório reaparecesse na masmorra.

- Agradeça à Domme por tudo o que aconteceu na noite de hoje. Beije-lhe os pés.

Aleph ajoelhou-se frente à Domme e beijou-lhe as botas negras. Agradeceu pelas lições, pelo cuidado e pelo prazer que provocara em si e em sua Dona.

- Muito bem , aleph, você sempre honra a coleira que porta. Domme ficará conosco hoje e tomaremos um vinho e conversaremos. Tome banho, apronte-se e providencie tudo o que combinamos para nos satisfazermos. Nesta noite será concedido juntar-se á nós.

- Grato e com a licença das Senhoras.

- Vá , aleph.

Saiu movimentando-se lentamente, talvez tentando recuperar o corpo e a mente da experiência vivida e deixou para trás uma Senhora que não imaginava ficar tão movida com uma cena. Isso não passou desapercebido da Domme que pensava no que haveria à seguir. Se até aquele momento, em apenas uma noite, experimentara coisas tão diversas em intensidade, o que haveria depois? Isso nem podia imaginar.

(Fim da parte 8)

Taken by the Domme , aleph learns that the concept of manhood is not directed related to some pratices as be penetrated by a dildo as his Mistress ordered to be done.
The tension took place as very carefully and respectfully Domme made he fell relaxed in order to come with he smooth movements that took place.This caused mixed feelings on the aleph´s Mistress: by one hand she was plenty satisfied with the service with wich Domme and herself were granted, by other hand was very tuff to see his bottom fell pleasure with another Top.
As aleph was ordered to have a bath and join both in the aftermath of the session, Domme thought that was time de evaluate what went one and take the next steps to come.

(To be continued)

8 comentários:

  1. Affffffffffffffff.. que texto!
    Impossível ler e ficar indiferente. Delicioso, muito bem escrito, desenvolvido estrategicamente, instigante.
    Adorei!

    Doces besos

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  2. Fico feliz que tenha gostado, Amar!
    Muito obrigado pela presença constante e muito querida.
    Beijos respeitosos!

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  3. Lindo, Janus.

    Sempre me encanta como vc explora a profundidade dos sentimentos de todos os personagens.

    Bjs,

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  4. Voltei pra contar que lá no blog estão as fotos da Sukita no cio... não se assuste, ela me deu permissão... é uma exibicionista.. hehe...

    Aproveitei e li de novo este post deliciosos e instigante...

    *;-)

    Doces besos!

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  5. Olá lilica....

    Eu acho que apenas os sentimentos é o que distingue os descritivos das sessões do que procura entender a motivação e o que constitui de fato o desejo de dominar e submeter-se.
    Ótimo vc por aqui! Bjs!

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  6. Amar...

    Já fui lá... Que graça!
    Beijos respeitosos!

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  7. achando meu ponto fraco....rs
    mts bjs

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  8. Sra. Andrasta.

    Agradar a Senhora a quem esses textos são dedicados é o maior prêmio que poderia pretender.
    Saudações e beijos respeitosos.

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