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domingo, 11 de abril de 2010

O processo de Escravização (por Yaldahtovh) - Tradução Janus SW

(Maio de 2000)

Um Mestre priva sua escrava do livre uso do tempo, que deixa de pertencer à ela. Ela acorda de manhã no momento que foi determinado e usa o tempo de acordo com a vontade de seu mestre. Ela trabalhará no que seu Mestre ordenar quando Ele disser a ela. Se trabalhasse fora de casa, era esperado que ela voltasse em um tempo certo, afinal, seu tempo pertencia à Ele.

Quando ela comerá, usará o banheiro e quando ela terá lazer não lhe cabe decidir. O tempo dela não lhe pertence. Seu Mestre decide chamar para seu lado, ela vai, não importa o que estiver fazendo. O tempo não é seu , tornou-se de seu Mestre. Acredito não haver experiência mais forte do que perder a posse do próprio tempo.

Fisicamente: A experiência do corpo como sua posse. O corpo de uma escrava não pertence a ela. Ela é instruída como arrumar o seu cabelo, quando e como usar sua maquilagem, quando estar vestida e o que vestir, e quando deve ficar nua e como cuidar de sua pele ou unhas. Ela pode ser despida e inspecionada segundo a conveniência do Mestre e ser-lhe negado o acesso livre ao seu próprio prazer. Ela não poderá se masturbar ou ter orgasmos sem permissão, assim como não poderá tomar uma aspirina para aliviar uma dor de cabeça. Ela terá sexo quando, como e com quem o Mestre decidir. Ela deve suportar a dor, independentemente de quanta dor lhe seja infligida. Não tem direito de dizer “não” ao uso de seu corpo e depois de algum tempo a realidade psicológica torna-se “meu corpo não mais me pertence”. Quando se toma o uso livre e manuseio livre do próprio corpo deuma mulher, ele deixa de pertencer-lhe mas torna-se propriedade do Mestre isso é um choque poderoso no primeiro momento , especialmente quando ela se dá conta de que não tem mais seu corpo.

Privacidade: Nós, seres livres, costumamos ter o direito à privacidade. Fechamos as portas dos banheiros e fazemos nossas abluções em particular. Preferimos ser deixados sozinhos quando estamos doentes, irritados ou sem estar no nosso melhor momento. Ocultamos a evidência de nossa menstruação, enrolamos os absorventes usados em papel. Nós mantemos nossas emoções ilógicas e primitivas fora dos olhos dos outros, de forma que eles não se afastem de nós com medo e desagrado. Anotamos nossos sonhos de manhã e os devolvemos ao nada de onde vieram; eles nos perturbam e desxejamos esquecer. Um escravo não tem o direito a qualquer privacidade. Não espaço para privacidade onde o escravo possa esconder algo de seu Mestre, tanto literal como metaforicamente. Ela não pode fechar a porta do banheiro. Se o Mestre quiser que ela experimente a falta de privacidade pode escolher interferir nas atividades da submsisa no banheiro. Ela não poderia esconder seus medos, suas raivas, suas emoções e quando o Mestre sentir essas emoções queimando , ocultas, ele estará próximo até que ela se abra com ele. Quando uma mulher não tem privacidade, nem física , nem psicológica, ela não tem mais seu espaço, externo ou interno que pertence ao Mestre assim como sua essência.

Dessa forma nós perguntamos o porquê disso tomar tempo. Isso acontece porque devemos tomar a propriedade do tempo e do corpo repetida, consistente e obstinadamente. Não surpreenda-se se houver resitência pelo caminho: não é apenas a obstinação que deve ser considerada mas o medo quando a mulher começa a transformar-se, quando ela sente a propriedade de seu próprio tempo não mais lhe pertence , assim como a perda da propriedade de seu corpo e de sua privacidade. A mulher entra no processo como um agente livre, confortavelmente familiar a si mesma e realmente é transformada.

Ela se transforma em escrava.

Albany Power Exchange

Um comentário:

  1. Aí eu questiono se o Mestre perde a liberdade também tendo para si tanta responsabilidade...
    Obrigada pela tradução do texto!

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