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sábado, 17 de abril de 2010

Uma cena (Janus SW)

(para astharoth de Janus com admiração de seu Dono)

O ambiente estava preparada da forma prescrita pelo Dono: incenso queimando, os apetrechos dispostos rigorosamente sobre a messa adjacente, os lençóis brancos e imaculados, enfim, a preparação de um ambiente suficientemente cerimonial a criar a correta ambientação de circunspecção.

Após tudo preparado, retira-se a uma sala contígua esperando a inspeção que Ele conduzirá em mais alguns momentos.. Ansiedade, o coração transbordando descompasado, a memória tentando repassar se algum detalhe foi esquecido para ser consertado à tempo.

Minutos rigorosamente cronometrados, o ruído caracterísitico do motor que subitamente desliga-se, porta que abre e fecha-se e outras que sucedem-se à primeira.

Passos lentos ressoando pelo madeirame do piso da casa, os passos em bota de montaria, tão típicas do seu Senhor. andando passo a passo, sem pressa, atento a cada detalhe. Sabe ela que nada escapa-lhe ao olhar e também, dotada de uma grande noção espacial,, imagina o seu Dono a sentar-se numa cadeira confortável no centro da cena.

- Apresente-se!

Encaminhou-se para o recinto com a cabeça baixa e ajoelhou-se frente ao Dono, oferecendo-Lhe a coleira de sessão para que Ele determinasse o momento no qual se iniciaria aquele momento especial.

Vestida com sua roupa cerimonial, foi ordenada a despir-se permanecendo apenas com a coleira e assim sentiu-se especialmente privilegiada pelos cuiados que o Dono tinha com aquele corpo que era Sua propriedade.

O Senhor voltou a sentar-se e foi cuidadosamente descalçado de suas botas de montaria. Cuidadosamente, ela preparou uma bacia de prata e um jarro com água de rosas e óleos, cuidou dos pés do seu Senhor:

- Com esse gesto de submissão perfumo a base de Seu ser, meu Senhor. Seja Sua a honra e a glória, sempre!

Um sorrisso discreto de prazer aflorou na face do Dominante. Bem sabia que aquelas não eram palavras jogadas ao vento, recitações sem sentido mas a real e verdadeira entrega, o ritual de submissão que por si só não dizia muito se não significar um estado de alma percebido por vibrações sutis e que , por sua vez, são sentiddos por aqueles que a compreende e se dispõe a vivenciá-las de forma intensa e sábia.

Colocada de joelhos, não encarava seu Dono e Mestre e bem sabia que havai significado em cada gesto e em cada atitude.

Colocou-se imediatamente em pé conforme lhe fora comandado. Sentiu as mãos de seu Senhor deslizar por suas costas. O silêncio indicava-lhe que a sessão, de fato, havia começado.

- Apoie-se na parede e exponha as costas e as nádegas.

Não houve qualquer resistência, havia expectativa, um batimento cardíaco acelerado pela antecipação ao que havia de acontecer, uma vez que o Dono adiantara-se à mesa dos acessórios e tomara em suas mãos a chibata de couro.

Sentia-a ela deslizar-se e na iminência de uma batida seus músculos tornaram-se tensos e tudo era percebido pelo seu Senhor que jamais dispensaria uma batida que fosse naquele estado. Bastou um relaxamento para que a chibata fizesse seu movimento, repetidas vezes, aquecendo a superfície daquele corpo preparando-a para o chicote.

Os gemidos eram reprimidos para a admiração mas não para a satisfação do Dono.

- Não sabe, minha menina, que a única validade de tudo isso é o prazer que advém do sentir?

- Sim, meu Senhor!

- Então porque reprime os gemidos que provém de seus sentimentos?

- Des…

- Não! Não desculpe-se, jamais. Concentre-se nas sensações e em cada momento que e´oferecido por seu Dono e aproveite.

- Obrigada, meu Senhor!

Mais uma vez, a mesma experiência da expectativa da lingueta do chicote a deslizar pelas costas, nádegas, ir e voltar, chegar até quase o pescoço e voltar a descer até que na hora, a mais inesperada, ele vibrasse com o som característico e um gemido até ali inédito.

- O que aconteceu, minha menina?

- O chicote bateu em minhas costas….

- Não! O que fiz…. Sei o que fiz! Quero saber o que provocou em você. Diga-me.

Silencio. Talvez pudesse ser óbvio o que era requerido mas talvez toda a atmosfera da real sensação estivesse sendo ocultado pela ansiedade. O Dono deu-lhe uma nova oportunidade, fazendo com que o chicotee vibrasse de forma a lingueta percorresse o trajeto na pele sendo levantada em mais de vinte e quatro quadros por segundo.

- Uma irradiação, Senhor…. O foco é onde a lingueta bateu, se estendendo em todas as direções…. Queria sentir… permita-me sentir mais, meu Senhor!

Chicotadas sucedendo-se em intervalos de cinco segundos, provocando sensações que conduziam ao paroxismo, algo inesperado para alguém que não conseguia entender o quanto as sensações deveriam preceder ao próprio ato e essas sensações foram se sucedendo a ponto de que os símbolos mais evidentes de prazer estivessem estampados e sutilmente acrescentasse arrepios e umidades nos lugares devidos.

O Dono, dirigindo-se à mesa que continha os acessórios, pegando um pano negro que dobrado em terços era usado como um elemento de privação de sentidos e assim a noite caiu a noite aos olhos da submissa.

Agora sim ela começava a sentir amplamente as sensações, da forma que lhe fora ordenado. Que sensação maravilhosa era aquela que a fazia sentir-se totalmente nas mãos daquele homem? A coleira tinha seu peso, o couro sua textura, o chicote provocava sensações imediatas e mediatas, sublimação, continuidade que lhe provocava não gemidos mas arfados de prazer tão forte e inesquecível. O incenso que estivera aceso desde o começo da sessão fazia-se sentir agora de forma intensa, com seu cheiro exótico e intenso.

Dirigida por seu Dono, foi atada no “X” ficando totalmente exposta aos desejos Dele. Havia , novamente, o chicote de montaria, o chicote de duas línguas que provocava a sensação dupla uma vez que as línguas , independentemente uma da outra provocavam uma inacreditável sensação de prazer.

O corpo dela começou a vibrar de forma diferente assim como a respiração que se pronunciava. Internamente, ela desejava ser mais usada, mais batida, mais dominada, colocar-se sempre e mais disponível aos caprichos do seu Dominador, sim, seu e que houvera por bem ser o Dono apenas dela apesar de todas as possibilidades em contrário.

Comecava a gemer, como não era gemido de dor! Conseguia sentir seu sexo molhado com a intensidade do prazer que experimentava e jamais teria imaginado que seria daquela forma que experimentaria o prazer supremo, não apenas nas batidas mas pelo exercício do domínio absoluto.

Adoraria gritar que era apenas uma cadela que seguia seu Dono o quanto , como e onde ele quisesse! Tentou a todo custo reter aquelas sensações, ampliá-las sem limites.

Quando o spanking cessou, o silêncio se fez de imediato e que poderia ser percebido e , novamente, enchia de expectativa a ambos.

Ela queria chamar por seu Dono mas para quê e por quê? De repente, sentiu um óleo escorrer-lhe pelas costas, a espalhar-se do seu pescoço ao cócix.

- Venha comigo, menina.

A guia foi colocada na coleira e foi por ela que foi trazida até o leito amplo que ocupava o centro do aposento. Deitada de costas, foi atada em “X” na cama e mais uma vez óleo de amendoas foi derramado pelas costas dela.

A sequência era a esperada: uma bela vela em cor azul foi acesa e colocada a aproximadamente um metro de altura. Novamente o corpo da submissa enrijeceu-se.

- Não confia em seu Dono, menina?

- Sim, Senhor! Confio no Senhor mais do que ninguém nesse mundo.

- Então porque esse corpo está rígido?

Aquelas palavras exerceram um efeito quase que imediato e a cera gotejava em caminho extremo até atingir mais fria a pela da mulher manietada na cama. No entanto, a cera era mais fria porém não totalmente, arrancando suspiros e gemidos mas também, novamente, prazer.

Os desenhos começavam a se formar especialmente a letra inicial do nome do Dono gotejado de distãncias variadas assim como as cores variadas formando uma camada considerável de cera pingada de forma ordenada e bela.

Retirada da posição onde estava, colocada novamente em pé na parede, novamente flagelada a ponto da cera desfazer-se em pequenos pedaços que caiam ao chão, ela experimentava um êxtase beirando a perda total da sanidade, uma pequena morte como alegavam ser os momentos extremos de prazer.

Desejava gritar por seu Dono, seu açoitador, aquele a quem pertenciam seu corpo e alma mas não fora permitido tal grito e a ausência dela potencializou o orgasmo que veio em ondas que enfraqueceram suas pernas e a fizeram quase perder os sentidos.

Assim percebeu seu Mestre que a amparou naquele momento maravilhoso e dele extraiu seu prazer que foi sorvido avidamente pela submissa como prêmio por sua dedicação e por seu desvelo naqueles momentos que muitos, pareciam apenas o prenúncio de algo extremamente maior.

Trocaram palavras, adormeceram e no outro dia ainda dedicaram-se um ao outro.

3 comentários:

  1. ta certo....

    vcs consseguem me fazer viajar para dentro do texto de vcs!

    parabens....
    poucos consseguem me prender a seus textos como vcs!
    Janus..
    tudo de bommmmmm!
    beijossssssss

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  2. Obrigado pela vista, Loka!
    Tudo de bom para vc! bjs!

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  3. Como ja disse os sentidos é a chave para a relação D/s...e vc consegue passar isso com mta realidade...Por isso que adoro!!!

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