Pesquisar este blog / Search in our blog

domingo, 6 de setembro de 2009

A educação dos sentidos - Parte 7- The education of the senses Part 7- Janus SW





(Dedicado a/Dedicated to: Andrasta Domme)

Talvez existam castigos que firam a carne e deixem marcas indeléveis no corpo. Quem se submete sabe, no entanto, que as verdadeiras marcas são aquelas que ficam por dentro, exatamente como agora que aleph experimenta duas sensações distintas e de dimensões diferentes.
A primeira , conhecida, a de ser castigado em si. Não podia esquecer a frase falada por sua Senhor antes de retirar-se , juntamente com a Domme, da masmorra onde encontrava-se atado:
- Quando aprenderá, aleph, que eu odeio ter de castigá-lo??
Vergonha, a maior das punições, principalmente frente à outra Dominadora a quem, com certeza, a Senhora desejava demonstrar a qualidade do treinamento que aplicava à si. Como pudera colocar tudo isso em dúvida por uma simples precipitação?
A segunda era ser abandonado daquela forma por ambas deixando-o na consciência de sua falta e da impossibilidade de perdão ou de reparar a ofensa. Tudo isso somava-se a ponto de fazê-lo desejar que sua carne fosse marcada mil vezes, com todas as suas consequências mas também com suas lições mais rápidas e marcantes.
Sentia o cheiro do cigarro que sua Senhora consumia e ansiava por Ela. Gostaria de gritar por sua presença mas cabia-lhe, dentro do que era, apenas esperar a vontade de sua Senhora e os minutos se sucederam até que ambas voltassem.
Coube a Domme (e reconhecera pela forma de venda-lo) retirar-lhe a luz do dia. Sons quase inexistentes senão o calma bater dos saltos das botas no piso da masmorra.
- Nunca bata sem antes aquecer, Domme. Faça conforme eu lhe disse.
- Sim....
O açoite de cordas veio de encontro à nádega de aleph em ritmo descompassado mas que logo foi sendo regular e preciso.
- Jogue com o pulso, isso... Muito bem, menina, muito bem!
Crescentemente o açoite provocava uma sensação de aquecimento, com o sangue fluindo para a superfície de suas nádegas, fazendo que, lenta e constantemente, a sensibilidde no lugar preferido para aplicação de castigos não fosse diminuída mas propiciasse um castigo mais intenso para o Dominante e mais proveitoso para o bottom.
- Olhe... Quando tiver experiência poderá fazer isso...
aleph sabia o que significava isso já que normalmente , a Senhora usava dois açoites no início de suas sessões de spanking. Habilmente, apenas com o concurso dos pulsos, girava-os em evoluções esteticamente belas, admirada com encanto pela Domme.
Nesse caso, não apenas suas nádegas eram atingidas mas as costas que também receberiam chicotadas pelo que percebia.
- Sinta, como está quente...
Sentiu a mão pequena e macia da Domme a verificar a temperatura de sua pele que já era ideal para o começo da sessão.
- aleph! Diga-me qual é a sensação. Descreva os cheiros e notas.
Colocava ao alcance do olfato de aleph a mesma fragrância que mostrara a ele quando da educação do seu sentido mas que ele esquecera ou que não tomara cuidado de sentir quando fora testado o que lhe causara essa punição.
- Amadeirado... com notas cítricas.
Mal acabara de falar o chicote estalou em suas nádegas de forma intensa a ponto de fazê-lo contorcer-se de dor e do inesperado já que estava vendado.
- Doce ilusão sua que compensará sua falta! Sabe disso, não é?
Acenou afirmativamente com a cabeça. Mais uma vez foi esbofeteado e logo a Senhora explicou que quando perguntava, a resposta deveria soar clara, ser pronunciada.
- Sim, Senhora! Sei disso...
Ela caminhou em direção a Domme e entregou o chicote de montaria. Aquele chicote lhe agradava porque uma dose adequada de dor e era fácil de manejar. Indicou-lhe as áreas mais adequadas para serem chicoteadas e tornou claro que não apenas o bater era o ideal mas sim provocar sensações adequadas, ou seja, lentas ao sentir, intensa ao produzir resultados, inesquecíveis.
Domme logo mostrou entender perfeitamente a lição que tivera: mesmo percebendo o perfeito aquecimentos das nádegas de aleph, dedicou largos minutos a percorrer as costas, dar-lhe a lingueta do chicote para lamber, uma brevíssima batida nas bochecas e a volta para o pescoço.

Ao atingir o flanco do lado direito, apercebida que encontrava um lugar adequado, vibrou-lhe a primeira chicotada de fato.Mesmo sentindo que a lingueta deslizava naquela direção e , recordando das lições da Senhora, surpreendeu-se com a batida inesperada e quase gritou o que teria sido desastroso para ele mesmo.

Chegando às nádegas, aí sim dedicou sua primeira e mais doída chicotada. Pudesse ver, notaria que aplicara uma força um tanto mais acentuada e nisso difereia-se um tanto de sua Senhora que adorava provacar dores de menor intensidade mas repetidamente e em diversos lugares do corpo o que, ao final da sessáo, parecia a aleph ter sido chicoteado mais do que efetivamente fora.
O chicote vibrava em suas carnes cuja coloração já aproximava-se de um arroxeado em algumas áreas. Deleitavam-se tanto a Domme como aleph que, desde a consciência da possibilidade de ter sua submissão acolhida, não dispensava o estalar do chicote mas , do fundo do coração, jamais daquela forma.
- aleph!
- Sim, minha Senhora.
- Eu quero ouvir a sua contagem e um agradecimento à Domme. Ela está colaborando comigo para sua reeducação e merece o reconhecimento por isso com o direito de castigá-lo e usá-lo sempre com minha autorização.
aleph concentrou-se e conseguiu, claramente, ouvir os movimentos do chcote, o seu sibilar no ar e o encontro com suas carnes. Refreou o grito, suspirou alto e disse conforme lhe fora ordenado:
- Um! Obrigado Sra. Domme
Se pudesse olhar para os olhos de Domme, veria uma mulher que finalmente dera vazão para seus mais íntimos desejos, sentia-se plena, renovada, com um mundo cheio de diiculdades, sim mas com grandes fatos e feitos.
- Dois! Obrigado Sra. Domme.
A Senhora apontava para Domme que subisse um pouco com o chicote e batesse na região dos omoplatas, em ambos os lados.
- Três! Obrigado, Sra. Domme.
Assim foi a Domme contornando o corpo de aleph, batida após batida, deixando marcado seu corpo, vermelhor em algumas partes, roxa em outras, em especial as nádegas. A contagem subia, dezoito, dezenove e finalmente vinte, isso quando a Senhora deu o sinal para que parasse o espancamento.
Sucedeu-se uma pequena masagem com óleo aromãtico para que fossem aliviadas as dores à partir de uma mistura de óleo mineral e cânfora. Nas áreas que assim requeriam, um pouco de gelo foi aplicado para aliviar as dores maiores.
No entanto, ainda não estava acabada a sessão. As mãos de aleph foram atatadas de forma a ficarem no meio das costas com as cordas passando por um elo na coleira e virando-o de frente para si, passou um cordão de maneira que tanto o escroto quanto o pênis fosse firmemente atados juntos. Sem excessos, isso provocava uma situação onde qualquer acréscimo de excitação provocava um misto de prazer e de dor que são incomparáveis.
- Sabe, cara Domme, esse menino safado jamais sofreu algo que tenho certeza que gostará de proporcionar à ele.
- Poderia saber o que é, Senhora?
- Claro que sim e ele também saberá. Melhor tirar a venda dos olhos dele.
- Permite, Senhora?
- Fique à vontade, cara Domme...
aleph sabia como deveria proceder nesses casos, abrindo os olhos progressivamente para que os olhos não doessem.
- Vire-se de costas, aleph.
O escravo pode ouvir que ao passar algo para Domme,a Senhora provocara algumas expressões de surpresa e de descrença se era aquela mesma a sua vontade. Reafirmada, ouviu a preparação da Domme, instruída pela sua Senhora.
- Vire-se, aleph!
Quando olhou para Domme, tremeu de sensações mistas de medo, vontade de afastar-se e desaparecer dos olhos de ambas mas a certeza que não tinha alternativa senão obedecer as vontades de sua Senhora. Temia pelo que iria acontecer e sentiu, pela primeira vez, uma vontade imensa de chorar mas conteve-se, afinal,a entrega absoluta tem esse nome exatamente por não ter limites.

The ofense that aleph made against his Mistress wouldn´t be forgot as it wasn´t. Taking advantage of the fact the one of Her missions were to introduce the Domme to the BDSM pratices, she taught Her to whip and aleph was wipped in many places of his body.
But something else was reserved to the stuborn slave. Something the made him feel, for the very first time, worried about what was supposed to happen but he also remminded , very soon, that he had no choice but to obey to his Mistress will.

(To be continued)

(Continua...)

Creative Commons License
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

4 comentários:

  1. Como sempre,li seu conto com a respiração suspensa...
    Deleitei com a descrição do uso do chicote e fico aqui a esperar, morta de curiosidade, oque pode ter afligido tanto o pobre(e sortudo!) aleph.
    Parabéns Janus. Seus contos sempre excelentes.

    beijos,

    ResponderExcluir
  2. Grato por sua gentileza no comentário, lilica. Novidades no próximo...hehehehehehe
    Beijos respeitosos!

    ResponderExcluir
  3. cada parte do aprendizado de aleph e da Domme, eh para mim, um doce e excitante aprendizado tb...
    estou ansiosa pela proxima parte...
    bjs e grata pela homenagem.

    ResponderExcluir
  4. Sra. Andrasta....

    Um prazer poder contar com o Seu comentário e mais do que isso, saber que meus humildes textos agradam a Sra. a quem são dedicados.
    Beijos respeitosos
    Janus

    ResponderExcluir

Os comentários são moderados. Não serão publicados cometários de conteúdo racista, homofóbico, discriminatório de qualquer tipo.
The comments are moderated. WILL NOT be published any commentary with racist, homophobic and discriminatory content against no one and no group.