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domingo, 9 de agosto de 2009

A cane e sua arte (Janus SW)

(Texto inspirado na foto acima)

Coloca-se deitada ao dispor de seu Senhor, esperando que a vara fosse retirada das matas ao redor da propriedade.
Logo ele surge com uma cheia de espinhos, sem qualquer menção de apará-los ou retirá-los.
Coloca perversamente frente aos olhos dela para saber o que espera, sem qualquer hipótese de reclamação já que é a vontade Dele, a única que impera, sem qualquer contestação ou reserva senão aquelas que combinaram na negociação.
Sádico? Talvez outras pessoas que não conseguem pereceber as sofisticada arte do espancamento podem objetar quanto essa prática.
Não há necessidade de amarras, elas as coloca em sua mente conquistada, em seu anseio de experimentar prover ao Senhor de si tudo o que ele mais gosta. A sua pele branca e imaculada no princípio, desperta no Senhor desejos maravilhosamente intensos.
Ele passa a vara lentamente nas nádegas da submissa, provoca com palavras:
- Consegue sentir os espinhos, menina?
Ela mal consegue responder, as palavras sufocam-se em sua garganta. Engole quase a seco, sabe o que vem em seguida, sabe da dor, sabe do prazer , sabe de todas as emoções, todas as vontades, todos os encantos de servir , apenas servir.
A primeira batida: a dor irradia-se como ondas no mar de seu ser, criando uma intensidade que varia do queimar ao marcar, chama em brasa sobre sua pele branca e nua. Faz menção em gritar, morde os lábios para não fazê-lo, esperando, quem sabe, que o Dono de si lhe dê mais em retribuição à ofensa presumida em desafiá-lo. Deseja, sim deseja e como deseja! Mil vezes, mil batidas com os espinhos.
Na verdade, melhor seria ter aquela cane de espinhos trançada em coroa que lhe ornaria os cabelos, pressionaria as têmporas, faria com o sangue vertesse, ao contrário de suas nádegas que apenas se marcaram pela primeira vez.
A segunda, anseia gritar não de dor mas de desejo sublime em obter mais. De que valem apenas duas? Mais uma , Senhor! Mais uma, por favor!!! As lágrimas em seus olhos revela que anseia tanto, tanto e tanto, que ousaria gritar que não parasse, jamais!!!
Terceira: sim, agora gritava, de dor sim mas uma dor desejosa. Sim, Dono, meu amantíssimo Dono, o que mais precisarei fazer para que castiguee a sua fêmea que quer ser vista como rebelde, sempre, para merecer todo o castigo que o Senhor poderia me dar?
Quarta: santa cane!Que natureza maravilhosa que produz o belo, o odor floral que me invade os olfatos de forma tão intensa e que une-se sabiamente à haste com os espinhos como o qual castiga o corpo submisso que estende-se à sua frente. Pronto! O Dono já tem as primeiras marcas para seu prazer e deleite, afirma-se , reafirma-se transforma o corpo de sua peça.
Quinta , sexta, sétima, oitava, nona, décima! Conta-as, conta-as entre os dentes porque não fora mandada fazer. Queria gritar que amava o Dono de si mas a demonstração maior de amor era permanecer com as expressões esperadas de uma submissa deve manter frente a quem lhe comanda.
Décima primeira: Dono! - grita de paixão, grita de dor, grita de vontade, mais , mais , mais , quero, ousa querer que essa cane arrase as nádegas em chamas, laceradas, roxas em marcas paralelas.
Décima-segunda: a cane bate próxima a cintura e pára, mesmo marcando decissivamente a pele para deixar marcas que durarão o tempo necessárias para serem lembradas para sempre.
Acaricia os cabelos da peça com um carinho imenso e também, porque não dizer, agradecido. Toda a submissão que se concede e que se toma, merece ser reconhecida e respeitada. Cuidou das marcas , tutelou sua peça até que chegasse a hora de dispensá-la para voltar à vida comum.
Ela, por sua vez, só podia agradecer ao Dono de si. Esperava , no futuro, viver isso e muito mais. Só cabia-lhe saudá-Lo e desejar-Lhe uma vida longa e sempre com possibilidade de serví-Lo da forma que melhor Ele quisesse.

(Homenagem às submissas, switcheres e demais pessoas que submetem-se à cane, um dos instrumentos mais intensos que existem no BDSM. Todos têm meu irrestrito respeito. Saudações!!)

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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

2 comentários:

  1. Senhor Janus SW,

    Agradecida aqui a esta bela imagem que o inspirou e à tua mente que se deixou levar e nos presenteia com tão instigante conto.
    Agradecida ao Senhor por te-lo dedicado à nós, teus leitores.
    A mim, fez sorrir com doçura e devassidão. Nesses dias de merecido castigo, foi um presente e tanto. Escreves muitíssimo bem, Senhor.

    Retribuo teu respeito também com um abraço carinhoso.

    {Åmar ¥asmine}_ÐEXPEX

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  2. Cara Amar....

    Seus elogios gentis só me estimulam a fazer mais e melhor! Fico feliz que o que escrevo tenha lhe agradado.
    Saudações ao seu Senhor! Volte sempre!

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