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domingo, 23 de agosto de 2009

A educação dos sentidos - Parte 6 - The education of the senses Part 6 - Janus SW

(Para/To Domme Andrasta)
Abstract in English in the end of the post

O recinto para o qual entraram ao anúncio de aleph que tudo estava pronto, era uma sala muito grande, destinada originalmente como o lugar da reunião da família de seu primeiro habitante. História registra que todas as noites, a família fazia suas refeições, discutiam os problemas familiares e registraram uma imagem que , estranhamente, foi resgatada de um nicho na parede quando da reforma da habitação.
Nessa foto havia uma grande mesa de madeira maciça a qual foi reconstruída, na medida do possível, infelizmente, não respeitando o material original, indisponível. No entanto, naquela bela disposição que conservou a originalidade da habitação, faziam as refeições, recebiam os amigos, estavam na casa que envolvia o templo da Senhora.
- Querida Domme, o que aleph nos servirá será um exemplo de refeição em tempos de sessão, principalmente para o sub. Muitas frutas frescas e secas, nada que pese no estômago ou possa causar mal estar.
Nesse extamo momento, aleph adentra à sala em posição respeitosa para servir às Nobres Senhoras.
- Sente-se conosco, aleph. A Domme tem algumas perguntas a fazer à vc.
- Apenas um minuto, Sra. , para que eu leve essas garrafas à cozinha.
- Vá, aleph.
Quando aleph saiu, a Domme perguntou sobre o que poderia ou não perguntar. Para a Senhora, nada era um limite ou uma interdição, podendo estar a colega livre para quaisquer curiosidades que eventualmente pudesse ter.
Voltando, aleph sentou-se em uma cadeira reservada à ele, fora da mesa mas o suficiente próximo para ouvir e ser ouvido.
- aleph, gostaria de saber sobre o que te limita? O que você não faria?
- Sra., não há nada absolutamente fora da vontade de minha Dona que eu fizesse e nada que fosse da vontade Dela que pudesse deixar de fazer. Minha vontade, prazer e saúde, tudo depositei aos pés de minha Senhora, a ponto de não haver mais dois mas apenas um sob o mando Dela.
- Isso todos dizem, aleph.
- Bem sei, Domme. Eu mesmo transgredi mas entendo hoje que a verdadeira felicidade se faz com verdadeira entrega, nada mais, nada menos do que isso.
- Então você faria qualquer coisa para a sua Senhora?
- Qualquer coisa.
- Mesmo? - perguntou a Domm eincrédula.
- Sim.. Basta a Ela mandar e eu farei.
Doomme olhou para a Senhora como que propusesse testar as palavras de duvidosa obediência de aleph. Sorriram uma para outra, de forma discreta, como a dissimular o que os olhos atentos de aleph jamais desconheceriam. Tramavam, as trilhas imensas de prazer qye se sucederiam.
- aleph!
- Ao seu dispor, Senhora.
- Deverá obedecer à Domme como obdece à mim, compreende? Não admitirei falhas no serviço de minha irmã de dominação. Está claro?
- Sim, Senhora. Servirei a Domme com sirvo à Sra.
Na verdade, aleph pensava que alguns de seus temores estavam se justificando, sendo que sua Dona e Senhora, o emprestaria a Domme. Seus olhos traduziram , com a clareza que lhe era peculiar, toda dor que sentia ao se sentir apenas alguém a mais, um detalhe na biografia de sua Senhora.
Como poderia passar despercebida à Senhora tal sentimento já que Ela o conhecia melhor do que a ele a si mesmo? Aproximou-se de sua peça.
- Decepciona-me, aleph, que sinta alguma dúvida sobre que o possui de verdade. Não tente negar, sei de seus medos e está apavorado. Disse agora mesmo á Domme que acredita em mim irrestritamente e que faria tudo o que eu comandasse e agora é chegada a hora de provar que é nisso mesmo que acredita. Será o veículo que eu escolhi para ensinar a fina arte que praticamos e esse é meu comando para você, entendeu? Não me faça sentir decepcionada novamente, aleph... 
Sentiu-se consumado em chamas da profunda penetração que sua Senhora fazia na alma dele, desnudando-o por completo. Quando a ordem de despir o corpo foi dita era a última instância de si que ainda precisava ser desnudada. Novamente as roupas foram deixadas dobradas em lugar apropriado e aleph, comandado pela Dona, adiantou-se à masmorra para incensá-la e torná-la imaculada para uso Dela.
Nesse tempo necessário para a preparação, orientou a Domme na postura que deveria adotar e, conforme havia pedido, uma roupa negra cobriu o corpo da jovem dominadora para que fizesse um contraste absoluto com a alvura doa roupa da Senhora.
aleph que de início ficara em pé em lugar designado para tal, ajoelhou-se ao ver a aproximação das duas dominadoras que tomaram seus lugares mais elevados.
A um simples gesto de sua Senhora que portava, agora, seu chicote, levantou-se com a cabeça baixa e imediatamente recebeu sua coleira, negra, adornada com a letra "S" em gótico além do receptáculo para a guia.
Outro comando e aleph posicionou-se para a inspeção de costume. Orientando a Domme a Senhora esclareceu ser importante inspecionar se todas as determinações eventualmente dadas em relação ao submisso e a seu corpo, foram atendidas. No caso de aleph, apenas a inspeção costumeira se fazia necessária.
Meticulosamente inspecionado, servindo de um "quadro negro vivo" para a nova Domme, sentia-se com emoções contraditórias, as de servir a Dona de si e não intimidar-se com a presença da convidada de sua Senhora.
Também sabia o que havia de acontecer depois: normalmente colocaria-se de joelho frente ao local onde sua Senhora permanecia e reverencialmente beijava-lhe as botas, lambia-as, em um tributo de reconhecimento à superioridade inquestionável da Top que lhe dirigia.
Hoje, no entanto, esperou o comando que não demorou a vir:
- Prossigamos, segundo o costume. Como sabe, aleph, esse momento servirá para culto de sua Senhora e para reverência à Domme que nos visita e está sedenta em aprender a arte do BDSM. Portanto, deverá reverenciá-La da forma que Ela comandar, logo após me honrar conforme fazemos sempre.
- Sim, minha Senhora. Não há outra razão para qual eu viva senão para serví-La e propiciar o que a Senhora precisa, mais ainda, serviço, lealdade, serviço e devoção! Por isso, digna Sra. esse humilde escravo beija-lhe as botas, única coisa digna que pode fazer por tão grande Mulher.
A Senhora coloca os pés sobre um apoio localizado no degrau mais baixo próximo a aleph. Ele, por sua vez, prostra-se reverencialmente e beija o bico da bota de sua Senhora lambendo-a em seguida, prosseguindo assim pelo cano sendo que a cada necessidade de recolocar-se, não lhe é permitido usar o corpo, tendo de rastejar para alcançar o cano longo que alteia-se até os joelhos.
O esforço para subir como se os braços lhe tivesse sido cortados é indiscritível dado o grau de força mental que exige. No entanto, segue, não pode falhar, jamais o faria e sabia que sua Senhora olhava seus esforços de uma forma que não lhe restava dúvidas que apreciava o serviço.
A Domme observava admirada a cena com aquele homem totalmente à serviço daquela Mulher que retia todo o poder e toda a graça, ao menos nos olhos servis dele. Admirava-lhe os olhos, a boca ao tocar o couro branco da bota da Senhora e depois, os mesmos lábios , praticamente irem repousar no chão e para que a cabeça de aleph  servisse de repouso para os pés da alva Senhora.
Desejava intensamente compartilhar a mesma sensação e, como advinhando o que sentia, a  Senhora deu a ordem para que ele iniciasse a honraria dedicada à sua discípula e com muito cuidado e afeição, assim foi feito. Apenas não lhe fora concedido colocar seus pés sobre a cabeça de aleph, símbolo maior do domínio, reservado apenas à Senhora.
- Levante-se , aleph! - ordenou a Dona do escravo que postou-se humildemente em pé, a cabeça baixa e as mãos coladas ao longo do corpo.
- Cara, Domme, devolvamos ao aleph as sombras. 
Isso foi a senha para que a Domme colocasse a venda nos olhos de aleph e , de fato, restituindo-lhe a noite definitiva, tão escura como lá fora, o que nada lhe permitia ver, apenas ouvir os movimentos à sua volta. A grande possibilidade de advinhar o que havia por vir, fora-lhe tirada à medida que os sons dos saltos das botas de ambas as dominadoras eram exatamente os mesmos e, com certeza, esmeravam em dar a mesma cadência no andar pois já não os distinguia.
- Nos retiraremos aleph e , ao voltarmos , deverá dizer quem aproxima-se de você baseado apenas naquilo que puder perceber, sem utilizar suas mãos que jamais devem tocar o corpo de qualquer de nós por não ter a dignidade para tal.
- Sim, Senhora. 
Retiraram-se e aleph tentava distinguir o ritmo que sua Senhora aplicava ao andar mas não foi possível. Os momentos se sucederam e apenas aumentava a angústia do submisso. Parecia-lhe voltar o tempo que, criança, era deixado só no quarto escuro e chorava, sentia-se abandonado para sempre. Como precisar , naquele estado, o tempo que levou para que ouvisse, novamente, os passos das duas? Impossível dizer. 
Sabia que alguém aproximava-se pelo seu lado direito e tentou perceber quem era mas não foi o suficientemente perspicaz para entender que isso demandava tempo, uma observação que deveria ser feita com calma, tentando sentir o que lhe cercava. 
Sentia um perfume, sim, o perfume! No entanto, não lembrava-se por mais que tentasse, qual era a nota daquele que lhe fora apresentado tempos atrás.
- Senhora? - arriscou-se.
Do lado esquerdo, sem qualquer som que o antecipasse, um tapa vibrou-lhe no rosto, arrancando-lhe um gemido sufocado. Errara! Quem estava ao seu lado era a Domme. Sim, havia uma nota diferente no perfume mas não notara.
- Como ousa confundir-me, inútil? - agora sim, a voz de sua Senhora fazia ouvir-se do lado esquerdo e era secundado por um riso abafado da Domme que deliciava-se ao ver aquele incompetente sendo punido.
Os tapas se sucediam até que o rosto de aleph apresentasse um rubror típico de tanto espancamento. A Senhora e Domme se entreolharam e disse-lhe a Dona de aleph:
- Nenhuma ofensa deve ser perdoada, jamais! Ensinei a esse inútil qual era o meu perfume e esse estúpido não espera, arrisca, tenta como um imbecil. Como posso aguentar isso, essa peça inútil, totalmente sem capacidade de sentir. Não sei porque mantenho essa coleira nesse pescoço imundo. 
aleph sentia-se mal, sendo que o seu mundo de serviço encontrava-se prestes a desmoronar, ao menos era o que sentia. Desagradara a sua Senhora e ainda na frente de outra dominadora.
- Não perde por esperar, aleph! Decepcionou-me em meu lugar de culto e reverência. Será castigado. Agora de quatro no chão, cão imundo.
Colocou-se como lhe fora ordenado e não tardou para que a guia fosse colocada em sua coleira. Estava sendo arrastado como um cão, sem saber para onde ia e sua Senhora, enfurecida, pouco esforço fazia para que não permitir que ele esbarrasse em algum lugar. 
- Cuidado para não me provocar mais danos, inútil - repetia.
A Domme aprendera a mais preciosa lição, a de jamais perdoar. Todo erro, correspondia um arrependimento e uma penitência sendo que o primeiro era dispensável de ser enunciado já que ele deveria  mover o coração rumo à nenhum erro mas a penitência, essa sim, era indispensável. 
aleph percorreu todo o corredor tangido como um cão rumo à masmorra da casa da Senhora onde chegou com os joelhos em chamas e as mãos fustigadas pela "caminhada". 
- Levante-se, inútil. - comandou a Dona de si.
O submisso levantou-se e foi dada à Domme a honra de psicioná-lo para o castigo. As máos foram atadas em lugar específico, acima da cabeça, deixando os braços esticados e, as pernas separadas, foram atadas em semelhante dispositivo.
- Hora do castigo, ser inferior! - falou a Senhora.
O castigo iria começar.
(Fim da sexta parte)

aleph learned from his Mistress the scent of the perfume she used during the sessions. He didn´t understood very well that this data, for him another fact into his tranning would be vital for the future.
As her Mistress friend, Domme, arrived, he learned that he was supposed to serve both Women. Serving both in the frugal dinner that was served, aleph was asked for the Domme about his submission to his Mistress that, according to the expected from him, was declared total. In his heart, however, he was very concerned about been  sheared with Domme. 
He devoted to his Mistress and to the Domme his worship kissing and licking their boots. Then he was left alone , blindfoded and when de Tops went back, he was requested to recognize of whom was the scent he felt.
He guessed that was his Mistress but he was wrong. He had his face slaped and was brought to the Dundgeon. Tied , he was about to be whiped as punishment.


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6 comentários:

  1. Retribuindo a visita, e sempre deslumbrada com tudo que vejo por aqui, nosso universo é mesmo tudo de bom!!!
    Beijos.
    Com Carinho Pietra.

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  2. Cara Pietra.

    É um prazer tê-la por aqui e saber que o que escrevo agrada.
    Beijos respeitosos
    Janus

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  3. A cada parte desse seu conto vejo o deslumbrar nos olhos de uma amiga Domme e nos faz ofegara ao requinte de seus detalhes!
    Saudações SW ANGEL

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  4. O convite para conhecer um espaço novo de leitura eu jamais desprezo. Mas devo confessar que dessa vez me surpreendi com a descoberta. Teu texto é perfeito e envolvente. Não li tudo que aqui encontrei, mesmo porque agora eu não poderia, mas vou ler o restante assim que der. Essa sexta parte me deixou com gosto de quero mais e agora é inevitável querer saber o que veio antes disso e o que virá depois. E não foi só a boa leitura que encontrei aqui, você descreve uma submissão plena e convicta. A entrega sem limite de um escravo à sua Domme, o que não poderia deixar de me fascinar já que vivo também nesse universo SM. Tudo relacionado ao tema me excita o que faz desse teu espaço algo ainda mais interessante. Volto assim que puder e, com certeza, muitas outras vezes.
    Beijosssssss

    alana

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  5. Senhora Angel Sw...

    Grato pelo comentário e fico feliz que a Sra. tenha gostado.
    Beijos respeitosos de Janus.

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  6. Cara alana.

    Seja bem vinda ao Mundo de Janus. Aliás, esse seu comentário suscitou o post acima e acredito que expresse muito do que eu tenho trilhado para chegar a um lugar, seja ele qual seja.
    Grato por sua viita hoje e sempre. Seraá uma honra.
    Saudações SM

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