Talvez pouco possa interessar como ele chegou até ela mas não interessa menos o fato de que desse encontro sugiram tanto a oportunidade de ensinar como a de ver brotar uma nova "persona".
Por não ter a autorização de mencionar seu nome, a moça que um dia cruzou meu caminho será chamada de A. Ainda conservo em minha memória as lembranças de nosso primeiro encontro e da intensidade que senti naqueles olhos.
Será possível que se acredite que, mesmo sem ser uma procura cotidiana, minha alma e meus olhos agitam-se quando reconhecem a força ou a submissão em olhos alheios? Assim foi com A.: atrás de um sorriso doce, de palavras que traduziam uma afeição inquestionável, percebi, sem muito esforço, que aquela gentileza ocultava o verdadeiro exercício do Poder.
Sim, A. atraia suas "vítimas" como uma serpente de ébano que se desloca entre as folhas até que seja muito tarde para evitar-lhe o bote. Seria , para mim, tão preciosa essa percepção? Sim, não apenas seria como efetivamente o foi. Sorrisos trocados, uma chamada para que desencadeasse um "jogo" breve de convites e de propostas não ditas.
Àquele primeiro encontro somaram-se outros onde a eletricidade e a mensagem dos olhos levaram ao quase inevitável, ao encontro daqueles corpos que se desejaram de forma legítima e intensa, na plenitude de seus sentimentos e de seus desejos.
Toda a natureza parecia gritar para que sim, viessem e aproveitassem de seu banquete. No entanto, no banquete da natureza, há de se sentir a energia provinda do poder da entrega ou do domínio. Qual chama, inconfessada, queimava dentro de A.? Haveria de se verificar, de se perceber qual era a intensidade dos elementos da natureza, Poder ou submissão, Fogo ou brisa, se manifestariam naquele corpo.
Como provocar a reação desejada? Corpos nus em contato, peles que transmitem uma eletrecidade inaudita, um gesto, uma mão , a minha, que percorre o pescoço até emaranhar-se nos cabelos negros e segurá-los com força e outra, supostamente frágil mas poderosa, que retira a mão insurgente e diz: não faça isso!, não como um pedido de piedade mas com autoriddade necessária. A senha estava dada e haveria de ser explorada e , assinale-se,quem poderia explorá-la senão alguém que conhecesse os dois lados da equação?
- Oras, oras... Você pensa que pode me afrontar, menina? - disse rindo.
- Você duvida? - respondeu séria.
- Sim, duvido...
Esperava sua reação e ela não tardou a vir.
(Fim da 1a. parte)
Baixe esse artigo em formato pdf no endereço: http://www.scribd.com/doc/17239106/O-mundo-de-Janus-numero-1-A-iniciacao-de-A-Parte-1
Por não ter a autorização de mencionar seu nome, a moça que um dia cruzou meu caminho será chamada de A. Ainda conservo em minha memória as lembranças de nosso primeiro encontro e da intensidade que senti naqueles olhos.
Será possível que se acredite que, mesmo sem ser uma procura cotidiana, minha alma e meus olhos agitam-se quando reconhecem a força ou a submissão em olhos alheios? Assim foi com A.: atrás de um sorriso doce, de palavras que traduziam uma afeição inquestionável, percebi, sem muito esforço, que aquela gentileza ocultava o verdadeiro exercício do Poder.
Sim, A. atraia suas "vítimas" como uma serpente de ébano que se desloca entre as folhas até que seja muito tarde para evitar-lhe o bote. Seria , para mim, tão preciosa essa percepção? Sim, não apenas seria como efetivamente o foi. Sorrisos trocados, uma chamada para que desencadeasse um "jogo" breve de convites e de propostas não ditas.
Àquele primeiro encontro somaram-se outros onde a eletricidade e a mensagem dos olhos levaram ao quase inevitável, ao encontro daqueles corpos que se desejaram de forma legítima e intensa, na plenitude de seus sentimentos e de seus desejos.
Toda a natureza parecia gritar para que sim, viessem e aproveitassem de seu banquete. No entanto, no banquete da natureza, há de se sentir a energia provinda do poder da entrega ou do domínio. Qual chama, inconfessada, queimava dentro de A.? Haveria de se verificar, de se perceber qual era a intensidade dos elementos da natureza, Poder ou submissão, Fogo ou brisa, se manifestariam naquele corpo.
Como provocar a reação desejada? Corpos nus em contato, peles que transmitem uma eletrecidade inaudita, um gesto, uma mão , a minha, que percorre o pescoço até emaranhar-se nos cabelos negros e segurá-los com força e outra, supostamente frágil mas poderosa, que retira a mão insurgente e diz: não faça isso!, não como um pedido de piedade mas com autoriddade necessária. A senha estava dada e haveria de ser explorada e , assinale-se,quem poderia explorá-la senão alguém que conhecesse os dois lados da equação?
- Oras, oras... Você pensa que pode me afrontar, menina? - disse rindo.
- Você duvida? - respondeu séria.
- Sim, duvido...
Esperava sua reação e ela não tardou a vir.
(Fim da 1a. parte)
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Curiosa pela 2ª parte, pois achei a 1ª mto interessante e me deixou com vontade de continuar...
ResponderExcluirSaudações!!!
Ela virá em breve, caríssima....
ResponderExcluirObrigado pela vista!