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sexta-feira, 10 de julho de 2009

BDSM por James Joyce?

Abstract:

James Joyce, the most acllaimed Irish writer, let us a large number of letters that he wrote to her girlfriend that became later his wife, Nora Barnacle. Among them, this fragment shows the will of the writer to be disciplined by Nora.
Many well know BDSM pratices are expressed in this fragment: age play, spanking, discipline among others.
A very interesting example of the intensity of a feeling and a deep and strong tie between James Joyce and Nora Barnacle.


"O tempo vai voar agora, meu bem, até que teus braços amorosos e ternos me cerquem. Nunca mais me separarei de ti. Não só eu quero teu corpo (como sabes) como também quero tua companhia. Meu bem, creio que comparado com teu soberbo e generoso amor por mim meu amor por ti parece muito pobre e corriqueiro. Mas é o que de melhor posso dar-te, minha cara namorada. Aceita-o, meu amor, abriga-me e me salva. Sou teu filho, como te disse, e deves ser servera comigo, minha mãezinha. Castiga-me tanto quanto queiras. Eu ficaria encantado de sentir minha carne arder debaixo de tua mão. Sabes o que quero dizer, Nora querida? quero que me dês pancadas ou mesmo me açoites. Não de brincadeira, querida, de verdade e na minha pele nua. Eu queria que fosses forte, forte, querida e que tivesses seios grandes, cheios e empinados e coxas grandes e gordas. Eu adoraria ser chicoteado por ti, Nora, amor! Gostaria de ter feito qualquer coisa que te desagradasse, mesmo qualquer coisa trivial, talvez um dos meus hábitos um tanto sujos que te fazem rir; e então ouvir-te chamar-me para dentro de teu quarto e então encontrar-te sentada numa poltrona com as coxas gordas bem separadas e a cara toda vermelha de raiva e uma vara na mão. Ver-te indicar o que eu tenha feito e então com um movimento de ódio puxar-me para perto de ti e atirar-me atravessado no teu colo de rosto para baixo. Então sentir tuas mãos arrancando minha calças e roupas de baixo e levantando minha camisa, e me debater entre teu colo e teus braços fortes e te sentir inclinar-te (como uma ama zangada surrando a bunda de uma criança) até que tuas maminhas grandes e cheias quase me tocassee e sentir-te açoitar, açoitar, açoitar furiosamente minha trêmula carne nua! Perdoa-me, querida, se isso é uma bobagem. comecei essa carta com tanta serenidade e no entanto tenho que terminá-la dessa maneira alucinada.
Estás ofendida com minha escrita horrível, sem vergonha, querida? Presumo que algumas das coiss abjetas que e disse te fizeram corar. Ficaste ofendida porque eu disse que adoro olhar para a mancha escura que tuas calças brancas de menina têm às vezes no fundo? Suponho que me consideras um desgraçado imundo. Como hás de responder a essas cartas? Espero e espero que tu também me escrevas cartas ainda mais loucas que as minhas a ti.
Podes fazê-lo, bastanto que o queiras, Nora, pois devo dizer-te também que (pára aqui)"

(Fragmento de carta de James Joyce direcionada a Nora Barnacle, então sua namorada e depois sua esposa, datada de 13 de dezembro de 1909. In: Cartas a Nora, tradução de Mary Pedrosa, Massao Ohno Editor, paginas 66 e 67.

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