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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fetichismo - Parte Final (Nancy Friday) - Tradução: Janus SW

TUCKER
Tanto quanto eu possa me lembrar, sempre fui fascinado por sapatos finos e elegantes quando calçados por mulheres que tenham pernas com um belo formato e pés bem formados de forma que aquele sapato ou bota abrace e ajuste-se aos contornos dos pés e pernas, com uma perfeição que dê a quem vê a impressão de serem uma parte de seu charme pessoal ou possa se dizer que ajusta-se como fosse uma segunda pele.
E onde ou quando quer que seja que meus olhos se banqueteiem com a visão dessas damas vestindo sapatos de couro brilhante com salto alto ou botas, eu me estimulo sexualmente e fico muito excitado.
Isso pode acontecer no trabalho na loja de departamentos onde eu estou empregado ou nas reuniões de equipe, festas em casa ou em qualquer lugar em público; sim, mesmo na igreja ou nos enterros.
É óbvio que a maioria das mulheres ignora de como seus sapatos belamente brilhantes afeta os sentidos de alguns homens mas, sem dúvida, muitas mulheres tem consciência do que os seus sapatos e botas podem fazer à eles. Eles selecionam cuidadosamente os estilos e os couros mais finos e brilhantes que existem de forma que elas tenham todo o instrumental para sedução.
Quando eu me apaixono por um sapato ou bota sexy de uma dama, eu faço um estudo, admirando o arco da parte interna de seus pés que um salto alto e fino serve para enfatizar e sinto uma necessidade de ajoelhar-me e lamber fervorosamente e beijar o sapato sexy e brilhante em uma humilde homenagem e tornar-me um escravo pessoal de botas daquela dama. Aqueles são meus pensamentos secretos quando eu me masturbo ou fodo minha esposa. Ela me ridiculariza freqüentemente por essa “coisa” minha referente ao calçado feminino e então, para puni-la, sempre visualizo-me como sendo o escravo sexual de outra mulher e finjo me engajar nesses jogos de dor e prazer com algumas das amigas dela. Neles, eu estou atado inapelavelmente nas mãos e pés por elas e sou chicoteado com um chicote de montar no meu traseiro para o próprio prazer delas e então fazem-me lamber suas botas de couro brilhantes como uma homenagem preliminar antes de fazer-lhe sexo oral.
Eu nunca fiz sexo oral em minha esposa que diz que pessoas de bem não fazem coisas vulgares como essas mas isso tem se tornado meu desejo urgente de algum dia ser premiado como alguma mulher dominante que tire seu prazer pessoal no sexo de ter o marido de outra mulher devotar honra à sua moda humilde.
Masturbo-me desde que tinha 12 anos e foi uma garota de quatorze que me iniciou no meu passatempo. Minha mãe a tinha convidado para ficar comigo enquanto ela saia. Ela adorava me espancar com um bastão de jardim em minhas nádegas durante as nossas brincadeiras. Ela usualmente usava sandálias de couro preto que eu adorava e ela me deixava beijar e lambê-las com os joelhos dobrados o que a fazia divertir-se.
Na escola, a visão de minhas professoras usando sapatos de salto alto e brilhantes sempre serviu-me para me dar ereções incontroláveis e eu simplesmente tinha que me masturbar.


JACK


Eu tenho trinta e três anos e sou divorciado. Minha ex-mulher era a primeira pessoa com a qual eu tive um relacionamento sexual sério, mais antes do que durante o casamento que foi bastante convencional, possivelmente devido à minha falta de experiência naquele tempo. Sexo oral limitado e um “papai e mamãe” convencional, homem acima e homem abaixo. Desde nossa separação, tive a sorte de encontrar um número de mulheres de diferentes nacionalidades e tenho desfrutado de uma vida sexual mais variada e interessante.
Masturbação tem sido uma parte regular de minha vida desde que eu me lembro. Os primeiros orgasmos que eu posso me lembrar , vieram de escalar cordas. Eu deveria ter uns onze ou doze anos naquele tempo. Eu me lembro de haver ereção mas não ejaculação mas que foram tão intensas e duraram mais do que parecem durar hoje, quase como um orgasmo feminino, imaginei.
Um fator comum em todos os meus sonhos, tanto na adolescência como hoje, são sapatos de salto alto. Posso me excitar com sapatos nas vitrines das lojas, em fotos e em ver mulheres vestindo-os. Fico muito excitado quando minha parceira concorda em vesti-los enquanto temos sexo e em particular quando ela toca meu pênis com os saltos durante as preliminares. Meus sapatos favoritos são aqueles com aberturas largas nos dedos e com tiras nos saltos. Cinco polegadas é a altura perfeita. Se mais alto, tornam-se não naturais e afetados. Eu tenho um relacionamento muito feliz com uma mulher que ajudou-me a encenar a fantasia que tive por um longo tempo. Antes de chupar meu pênis até que estivesse totalmente molhado, ela tirou um dos sapatos (meu tipo favorito) e colocou meu pênis dentro através da abertura dos dedos. Então , sugando a cabeça do pênis e mexendo o sapato para cima e para baixo, ela me deu um maravilhoso orgasmo em sua boca, um prazer tanto físico como mental.
Uma extensão dessa fantasia é que ao invés de sugar meu pênis, ela deita-se e guia seu sapato, com meu pênis dentro, para os lábios de sua vagina e bem devagar e gentilmente me permite empurrar o salto dentro dela, ficando ambos unidos apenas pelo sapato. Consigo levá-la ao orgasmo por fodê-la com o salto, enquanto o movimento de empurrar meu pênis para cima através da abertura dos dedos leva-me a gozar sobre seus seios e rosto. Essa fantasia, eu penso, nunca será encenada dado que eu tenho medo que possa ser muito dolorosa para a mulher, mesmo usando saltos muito finos e não posso tolerar a idéia de causar dor.
Devo mencionar que não considero que meu amor pelos saltos altos seja um fetiche verdadeiro e, apesar de me dar um parazer grande e sem danos, eles não são necessários para que eu tenho uma ereção ou ejaculação. Eles são cobertura em um bolo, um bônus sexual.
Minha última e mais constante fantasia é a de ser uma mulher. Eu amaria vestir roupas femininas, em particular sapatos de salto alto e sou fascinado pelas histórias e artigos de operações transsexuais. Tento imaginar o que deve ser renascer como uma mulher aos trinta e três anos de idade com todos os problemas – legais, físicos e mentais – que estariam envolvidos. Todavia, não tenho nenhum interesse em relacionar-me com homens. Eu tentei imaginar o que deve ser chupar um pênis masculino. Ser homossexual é a resposta óbvia para todas as minhas fantasias, mas conscientemente, eu não quero isso na verdade. Possivelmente, meu subconsciente tem outras idéias; mas estou mantendo tranquilo no momento. Eu não posso assumir nada. Sinto-me como se fosse uma lésbica com pênis e na minha fantasia de mudança de sexo, é isso que me torno, uma lésbica mas com o conhecimento masculino!
Eu aceito o que sou e isso faz a vida mais fácil. Provavelmente explique o fracasso do meu casamento e minha inabilidade para conquista e de ter um relacionamento de longo prazo com qualquer de minhas amigas mulheres. Acredito que elas tenham um instinto sobre esses asssuntos e apesar de parecer e agir como um homem, acredito que elas podem sentir que algo não encaixa. Eu acredito e desejo que eu encontrarei uma parceira que pode aceitar um homem gentil, mais feminino no pensamento; provavelmente um homossexual com uma vagina!
KEITH
Minha excitação começa quando estou trabalhando em uma grande loja de departamentos. Eu fico “ligado” em mulheres que vestem vestidos curtos ou longos com fendas que exponham um pouco das coxas. Apesar de eu ter apenas dezessete, eu me ligo em mulheres que tem , pelo mnos, vinte e cinco anos de idade, e pelas de cinquenta ou cinquenta e cinco anos. Se elas não forem muito feias com quase cinquenta. Eu fico imaginando qual é o tipo de pernas tem Doris Day. MItizi Gaynor tem as que eu considero as melhores.
Continuemos com minha fantasia. No trabalho eu finjo que algumas mulheres com excelentes pernas e um bom corpo aproximam-se e perguntam onde é o banheiro. Depois que ela está na sala dos fundos mas não ainda no banheiro, ela diz que gostaria que fizesse sexo oral com ela e a fodesse. Nós vamos para um canto e nos beijamos. Então, ela levanta o vestido que descobre a xoxota com uma meia-calça cobrindo os pelos pubianos. Eu começo a chupá-la através da meia-calça (marrom ou cor da pele). Depois que ela começa a ter seu primeiro orgasmo, eu retiro a meia-calça, lambo seu gozoo e então a fodo por algum tempo. Então ela vai embora.
Outra coisa que me excit é ter de colocar alguma coisa no carro de uma freguesa. Ela tem um vestido curto e quando senta-se, expõe um par de excelentes coxas. Ela insiste que aceite uma gorjeta. Recuso e digo à ela que ela tem boa aparência e pernas bonitas, que qualquer coisa que necessite é de graça. Aí é onde a fantasia começa: ela diz ser divorciada e que gostaria de alguém com quem conversar, então fizemos os arranjos para nos encontrar em sua casa naquela noite. Quando cheguei, ela atendeu a porta em um vestido curto preto, meia-calça marrom e botas. Ela vai até seu quarto e coloca o que estava sobre sua cama: um vestido que vai até aproximadamente meus joelhos, uma meia-calça marrom escura e nada exceto essas duas peças. Eu volto para a sala de estar e ela está sentada em uma cadeira baixa, expondo muito de suas belas pernas e diz que posso fazer o que quiser. Eu me ajoelho na frente dela e começo beixando suas pernas dos dedos do pé aos jelhos. Ela me pergunta se é a única parte do corpo dela que gosto. Eu agora deslizo minhas mãos sob seu vestido na parte de fora da suas pernas até sua xoxota que parece ótima com uma meia-calça super macia cobrindo-a. Ela tem belos seios com belos mamilos que combinam com sua figura esguia. Sua xoxota está quente e eu a esfrego ainda coberta pela meia-calça, até que ela grita para que eu a foda. Eu abaixo minha cueca enquanto ela faz o mesmo com a meia-calça levando um tempo que parece horas. Então ambos colocamos nossas meias-calça e rolamos em um 69 no chão. A xoxota e pernas dela envolvidas em nylon cobrem meu rosto e minhas bolas e pau , cobertas também em nylon, envolve o rosto dela. Nós nos encontramos toda a semana no partamento dela para nossas pequenas sessões.
(É excitante tomar banho com uma meia-calça e lembrar todas as pernas que eu vi aquele dia, o que me faz gozar).
Hora para o chuveiro!
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Em algumas da fantasias acima, o homem imagina-se vestindo um “quê” do aparato fetichista feminino. Isso levanta a questão velada do travestismo e da homossexualidade. Por favor, notem que um não necessariamente implica no outro – uma confusão que existe mesmo entre pessoas de bom nível. A grande maioria dos homossexuais nunca vestiu uma roupa feminina e , por outro lado, existem homens que amam vestir roupas femininas, mas nunca tiveram nenhuma experiência homossexual em suas vidas.
Durante o jogo sexual, os amantes pordem tentar todas os tipos de posição mas raramente o homem suspeita de ser “secretamente” homossexual porque aprecia ter as mulheres em posição dominante. Jack (acima) está tão apaixonado com seu fetiche que ele, também, penas em infindáveis variações do jogo erótico que centram-se em sapatos de salto alto, incluindo calçá-los. Mas então, ao invés de ter isso apenas como uma instância da imagina erótica para ter novos caminhos de excitação, ele pensa que deve ser homossexual. Afinal, ele gosta de colocar roupas femininas, não é verdade?
Eu encontro algo corajoso no jeito que ele continua com essa confusão inocente até o final, inventando fantasias homossexuais para si mesmo. Mas elas “não me causam excitação alguma” e julgando-se pela evidência inerna de sua carta, ele nunca teve um caso homossexual em sua vida. Porque muitas pessoas preciptadamente se rotulam exatamente como elas mais temem?
A falta de intyeresse de Jack por um sua fantasia homossexual ilustra uma forma de explorar muitas idéias importantes: primeiramente, que as fatasias são uma forma de brincar com nossas fantasias particulares e nossas especulações acerca de nós mesmos. Depois, as fantasias podem ser fins em si mesmos, não sendo necessariamente desejos que você secretamente desejaria fazer se tivesse mais coragem.
Provalmente, nem todos os fetichistas exercitam suas idéias de travestimo. Se não é o sapato de salto alto mas os pés dela que são erotizados, a idéia é sem sentido. Você pode vestir um sapato mas você poderia retirar os pés de uma mulher para colocá-los?
Outro dado interessante do pensamento fetichista é a quantidade de detalhes associados ao objeto. O fetiche é amorosamente descrito, exaustivamente examinado: a altura exata do salto, a marca da meia-calça, a cor, os formatos, a sensação e o cheiro. Ninguém tem clareza do porquê dos objetos de fetiche ser tão particularizados mas nós podemos iniciar essa reflexão se nos lembrarmos que o fetichista persegue algo tão importante como a vida em si.
Se um homem diz que está apaixonado por sua mulher, nos surpreenderemos com a atenção enorme para com sua aparência? Ele prefere os cabelos dela escovados para trás, porque gosta de ver a testa dela; ele gosta de Arpége e fica infeliz quando ela experimenta Chanel No. 5. “Porque você veste preto – ele lamenta – quando ou azul a faz parecer como um anjo?” Se você ama alguém, não háo qualquer detalhe sobre ela que seja sem importância. Porque nós devemos nos surpreender se o fetichista dedica a mesma atenção ao seu objeto amado?
Finalmente, eu gostaria de especular sobre a idéia mencionada por Tucker (acima) que pergunta se as mulheres conhecem o poder de sedução de seus sapatos. Sua própria resposta é ambivalente, mas ele aponta algo que sempre me surpreendeu: ambos os sexos são atraídos pelos sapatos femininos, não apenas os homens.
Pense na quantidade desproporcional de dinheiro que as mulheres pagam por seus sapatos; o grande espaço dado aos sapatos nos closets e nas malas. A dor que suportarão para vestir um número pequeno ou um salto muito altos. Uma mulher vem para casa com um vestido novo: “Você deve imaginar estes sapatos” – ela diz, segurando-os. “Cem dólares por esses sapatos?”O vestido vai até o chão e ninguém vai vê-los!” A mulher ri-se. Ela sabe a importância dos seus sapatos.
Se, estritamente falando, as mulheres não são fetichistas, porque são tão loucas pelos sapatos? Elas tem uma consciência intuitiva do quanto o homem é atraído por sapatos, mais do que admitem? Pode ser que Winnicott esteja certo depois de tudo – que muito antes de entrarem na adolescência, uma garotinha, engatinhando no chão da cozinha, torna-se enfeitiçada, assim como seu irmão, com o glamour e segurança de estar próxima de um sapato feminino (da mãe)?

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